O movimento ambientalista se iniciou ao ser considerado que as transformações decorrentes do capitalismo causam impactos no meio ambiente. De origem que data o fim do século dezenove, nos Estados Unidos, surgiu representado por duas vertentes: a dos preservacionistas e conservacionistas; em contraponto aos preceitos desenvolvimentistas.
O movimento preservacionista, fundado por John Muir, é considerado mais radical, por acreditar que a interferência humana é essencialmente nociva ao meio ambiente. Protegendo a natureza contra o desenvolvimento moderno, industrial e urbano; faz reverência à natureza, no sentido da apreciação estética e espiritual da vida selvagem, assegurando a “intocabilidade” de parques destinados para este fim. Para ele, os animais, plantas e ecossistemas teriam um valor em si mesmos, independentemente da utilidade que pudessem ter para o homem.
Já os conservacionistas, consideram o ser humano capaz de utilizar destes recursos de forma controlada, equilibrada e, muitas vezes, mais eficazmente do que se este permanecesse “intocado”, como propõe a outra vertente. Movimento criado por Gifford Pinchot, engenheiro florestal treinado na Alemanha, ditava que a conservação deveria basear-se na prevenção de desperdícios e o uso dos recursos naturais para benefício da maioria dos cidadãos, incluindo as gerações futuras.
Tais discussões só tiveram notoriedade, no Brasil, em meados da década de setenta. Antes deste momento, e até poucos anos atrás, a degradação do meio ambiente era apenas uma etapa para se construir usinas, rodovias dentre outros empreendimentos impactantes, de pequeno a grande porte. Apenas na década de oitenta, por exemplo, é que surgiu grande parte das disposições ambientais nacionais, graças a pressões oriundas do movimento ambientalista.
Tanto uma corrente quanto outra contribuiu de forma inestimável no que se diz respeito à criação de novas leis, projetos, ações e comportamentos relativos ao meio ambiente em nosso país. A criação de entidades, como a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), de parques e Unidades de Conservação e surgimento de iniciativas de gestão de recursos naturais e reflorestamentos são alguns exemplos. Estas também deram base para que outras vertentes, como o ecossocialismo, ecologia profunda e desenvolvimento sustentável pudessem existir.