O loló também é chamado de cheirinho ou cheirinho da loló. Ele é um produto volátil, composto por clorofórmio, éter e essência perfumada; e de fabricação clandestina. Em razão da sua procedência duvidosa, pode conter outras substâncias, capazes de potencializar seus efeitos tóxicos e dificultar o tratamento, em caso de intoxicação aguda.
Ele faz parte do grupo de drogas classificadas como inalantes, uma vez que sua absorção se dá por via pulmonar, a partir da aspiração, pela boca ou nariz. Pesquisas apontam que tais drogas são mais utilizadas por meninos de rua e estudantes; e costumam ser a porta de entrada para outras substâncias.
Seus efeitos são semelhantes aos de outros inalantes, como o lança-perfume: sensações de euforia e bem-estar, e que se encerram rapidamente, convidando a pessoa a aspirar novamente a substância. Fala arrastada, andar vacilante e, em muitos casos, agressividade, também são típicos. Algumas pessoas podem manifestar alucinações, ataques de pânico, e/ou ansiedade aguda; e, em situações mais extremas, convulsões, inconsciência, coma e até mesmo morte.
Arritmia cardíaca, apatia, comprometimento das vias aéreas e sistema respiratório, problemas renais e hepáticos, irritação da pele e mucosas, lesões musculares, dificuldades de locomoção; além de apatia e problemas de memória, em virtude da destruição significativa de neurônios; são os riscos a que pessoas que usam a droga frequentemente estão sujeitas.
O usuário crônico apresenta comportamento típico da dependência, como o desejo de usar a droga a todo o momento e perda de interesse por atividades que outrora eram interessantes. A interrupção abrupta do uso provoca ansiedade, tremores e insônia: sintomas típicos da crise de abstinência.