A insulina é um hormônio importante no controle da glicose no sangue, sendo considerada um hormônio hipoglicemiante. Ela é produzida no pâncreas e sua deficiência na produção ou ação é fundamental para o desenvolvimento de diabetes. Esse importante hormônio descoberto em 1921 é formado por 51 aminoácidos, que estão dispostos em duas cadeias polipeptídicas ligadas a pontes dissulfeto.
→ Pâncreas e a produção de insulina
O pâncreas é uma glândula mista, pois apresenta uma porção exócrina, que produz suco pancreático, e uma porção endócrina, que produz os hormônios insulina e glucagon. Os hormônios são produzidos nas ilhotas de Langherans, regiões formadas por diferentes tipos celulares que estão distribuídas pelo pâncreas.
Existem pelo menos três tipos celulares nas ilhotas de Langerhans: a célula alfa, beta e a delta. A insulina é produzida nas células beta e, normalmente, é liberada no corpo em situações em que os níveis de glicose no sangue estão elevados, como após uma refeição. Sendo assim, a secreção de insulina depende dos níveis de glicose sanguínea.
→ Ação da insulina
De uma maneira resumida, podemos afirmar que a insulina prepara o organismo para uma fase de jejum prolongado e atua de diferentes formas no organismo para atingir esse objetivo, sendo as principais:
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Aumento da captação de glicose por tecidos não hepáticos;
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Diminuição da lipólise (degradação de lipídios);
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Inibição da produção de glicose no fígado;
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Aumento da síntese de glicogênio;
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Aumento da captação de glicose pelo tecido adiposo e consequente aumento na produção de triglicerídeos.
→ Insulina e o Diabetes Mellitus
A insulina atua, principalmente, reduzindo a quantidade de glicose no organismo. No diabetes mellitus, essa função é prejudicada em virtude da deficiência na produção ou na ação desse importante hormônio.
Quando o tratamento não é feito de maneira adequada, os níveis de glicose aumentam exageradamente, causando hiperglicemia (níveis de glicose acima do normal). Essa condição pode causar desidratação, sede excessiva, perda de peso e cansaço. Por longos períodos de tempo, os níveis altos de glicose podem causar danos em vários órgãos, nervos e vasos sanguíneos, levando à cegueira, problemas renais e até mesmo a problemas cardiovasculares.
O controle do diabetes pode ser feito com a administração de insulina para controlar os níveis de glicose e evitar complicações. Entretanto, em alguns casos, uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas regulares podem reduzir as taxas de glicemia.
Curiosidade: Você sabia que no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes? Esse número representa 6,9% de nossa população.