A insônia é um transtorno do sono que afeta muitas pessoas e se caracteriza pela dificuldade de iniciar ou manter o sono, ou ainda pela sensação de sono não reparador. Para essa dificuldade ser considerada insônia, esses sintomas devem ser observados por mais de um mês e devem estar presentes, pelo menos, três vezes durante a semana.
A insônia, assim como qualquer transtorno do sono, prejudica significativamente a vida do paciente, atrapalhando sua vida pessoal e até mesmo seu trabalho. Ela pode ser classificada de diferentes formas, de acordo com a duração, gravidade ou causas. Consideramos aqui a classificação em dois grupos: a insônia primária e a insônia secundária.
Tópicos deste artigo
→ Insônia primária
A insônia primária é aquela que não está relacionada com efeitos de substâncias, problemas psiquiátricos ou doenças médicas. Acredita-se que essa insônia esteja relacionada com alterações nos mecanismos reguladores do sono e da vigília, observando-se um nível de alerta maior durante a noite. Esse tipo de insônia geralmente é comum no adulto jovem, com idade entre 20 e 30 anos, e é mais frequente em mulheres.
Pacientes com insônia primária apresentam as características básicas desse tipo de transtorno de sono: dificuldade para iniciar ou manter o sono e a sensação de sono não reparador. É comum também o paciente relatar que acorda várias vezes durante a noite. Pacientes com insônia primária começam a preocupar-se em dormir bem e, quanto mais se preocupam, menos o sono tranquilo é conseguido, gerando um círculo vicioso. Nesse caso, surge um fator de risco para problemas como ansiedade e depressão.
A insônia primária pode ter origem repentina que coincide com situações de estresse, como uma tristeza profunda, dificuldade financeira ou até mesmo o medo de alguma situação do futuro, como uma cirurgia. Apesar de ter esse tipo de origem, o fator desencadeante pode desaparecer e mesmo assim a insônia permanecer.
O tratamento da insônia primária inclui medicamentos e também estratégias não farmacológicas. Entre essas estratégias não farmacológicas, podemos citar medidas em relação à higiene do sono, tais como evitar cigarro, cafeína, deixar a temperatura do quarto agradável, ter uma boa cama e colchão, evitar exercícios à noite, entre outras condutas. Além disso, pode-se propor técnicas de relaxamento a fim de diminuir os quadros de ansiedade.
→ Insônia secundária
A insônia secundária é aquela causada por algum fator que é possível identificar, como uso de medicamentos, dores, intoxicações, abstinência de drogas, doenças neurológicas, doenças crônicas, depressão, ansiedade, entre outras causas. Como nesse caso temos alterações psicológicas e outras doenças, o tratamento deve ser feito baseando-se na causa da insônia. Tratamento medicamentoso é recomendado, porém medidas não farmacológicas também devem ser realizadas assim como na insônia primária.
Atenção: A insônia causa grande prejuízo na vida do paciente, afetando negativamente suas atividades diárias. Assim sendo, ao perceber esse quadro, procure um médico para tentar solucionar o problema.