A insônia familiar fatal (FFI ou IFF) é uma doença provocada por príons: agentes infecciosos proteicos, desprovidos de ácidos nucleicos; capazes de destruir, progressivamente, tecidos do sistema nervoso central.
Doenças priônicas também podem surgir espontaneamente, em virtude da modificação da proteína priônica, encontrada em nosso organismo. Além disso, também podem ser transmitidos geneticamente, como ocorre na FFI.
Esta doença se difere um pouco das outras encefalopatias espongiformes porque, neste caso, o tálamo é a região mais intensamente afetada. Como ele é responsável pelo sono, as pessoas acometidas vão perdendo, progressivamente, a capacidade de dormir; fato este que implica em inúmeras alterações no organismo, debilitando a capacidade homeostática da pessoa a ponto de levá-la a óbito, geralmente entre sete e trinta e seis meses após o início dos primeiros sintomas. Dificuldades para dormir, juntamente com contrações musculares súbitas, sudorese, estupor, taquicardia, tremores, perda do equilíbrio corporal, alterações na fala e demência progressiva; são os principais; e surgem, geralmente, em torno dos trinta e cinco anos de idade.
Em todo o mundo, são aproximadamente duzentas famílias acometidas pela insônia familiar fatal. Graças a pesquisas relacionadas a essa doença, hoje é sabido em qual gene está sua origem, e há um teste que permite identificá-la. No entanto, não há informações substanciais sobre sua cura, fazendo com que o tratamento foque somente no reforço da imunidade do paciente e controle dos sintomas secundários da doença.