A inseminação artificial é um método no qual os espermatozoides são depositados no trato reprodutor feminino. Muitos casais que não conseguem engravidar recorrem a esse método reprodutivo, que é indicado nos casos de oligoastenospermia (baixa qualidade do esperma), presença do fator cervical (em que há dificuldade na interação entre muco e esperma), de endometriose mínima ou leve após tratamento cirúrgico, de anticorpos antiespermatozoides e na infertilidade sem causa aparente.
Existem duas modalidades de inseminação artificial, a inseminação artificial intracervical e a inseminação artificial intrauterina.
Na inseminação artificial intracervical os espermatozoides são depositados através de uma seringa no cérvix feminino. Esse tipo de inseminação reproduz as condições fisiológicas de uma relação sexual, ou seja, da mesma forma como o sêmen é depositado pelo pênis no cérvix quando o homem ejacula durante a relação sexual.
Na inseminação artificial intrauterina o sêmen do doador passa por um tratamento específico em laboratório, onde os espermatozoides são separados do líquido seminal. Os espermatozoides capacitados são colocados em meio de cultura adequado e depositados no fundo da cavidade uterina. Antes de ser inseminada, a mulher precisa passar por um tratamento controlado com hormônios para induzir a ovulação.
A inseminação artificial intrauterina tem algumas vantagens com relação à inseminação artificial intracervical, porque nesse tipo de inseminação artificial não é necessária a presença de muco cervical, secreção importante para a migração dos espermatozoides durante o processo de fecundação natural. Outra vantagem da inseminação artificial intrauterina é que como os espermatozoides são depositados acima do colo do útero, aumenta o número de espermatozoides capacitados na cavidade intrauterina, aumentando as chances dos espermatozoides encontrarem o óvulo, ocorrendo a fecundação.
As chances de sucesso da inseminação artificial levam em consideração a idade e as condições de saúde da receptora, mas calcula-se que seja de aproximadamente 10% a 15% para a inseminação artificial intracervical, e de aproximadamente 18% a 20% para a inseminação artificial intrauterina.