A gripe é uma doença viral normalmente negligenciada pelas pessoas. Apesar de parecer uma doença simples e de fácil cura, pode causar complicações graves, merecendo, portanto, bastante atenção. A gravidade da gripe está relacionada com o tipo de vírus contraído, nesse sentido, merecem destaque as infecções causadas pelo Influenza A (H3N2).
Tópicos deste artigo
- 1 - → Vírus influenza
- 2 - → Influenza A
- 3 - → Influenza A (H3N2)
- 4 - → Vacina contra a gripe
- 5 - → Prevenção
→ Vírus influenza
O Influenza é um vírus de RNA que sofre constantes modificações, apresentando uma grande capacidade de adaptação. Esse vírus pode ser classificado em três tipos: Influenza A, B e C. Esse último está relacionado com infecções brandas e, portanto, não causa as grandes epidemias. Os vírus Influenza A e B merecem maior atenção, sendo o tipo A o responsável por grandes pandemias.
→ Influenza A
O Influenza A é o vírus da gripe que apresenta a maior variabilidade. Podemos determinar as diferenças entre os subtipos com a análise das glicoproteínas que estão na superfície do vírus. Essas glicoproteínas são denominadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Existem diferentes tipos de hemaglutinas e neuraminidases, entretanto, as mais conhecidas são as hemaglutinas H1, H2 e H3 e as neuraminidases N1 e N2. Portanto, quando falamos que uma gripe foi causada pelo Influenza A (H3N2), estamos referindo-nos aos tipos de glicoproteínas presentes na superfície desse vírus.
→ Influenza A (H3N2)
No início do inverno de 2018, foram relatados mais de 47 mil casos de gripe nos Estados Unidos, número superior ao ano anterior. O que assustou a comunidade foi o grande número de mortes e o tipo de vírus que estava desencadeando o problema: Influenza A (H3N2).
A grande letalidade da epidemia de gripe nos Estados Unidos estava diretamente relacionada ao subtipo de vírus presente na população. O Influenza A (H3N2) destaca-se por sua grande capacidade de mutação na glicoproteína da hemaglutinina. Essas mutações fazem com que os anticorpos humanos sejam menos eficientes, assim como as vacinas para a gripe.
No Brasil, nas semanas epidemiológica (SE) de 1 a 13 de 2018, confirmou-se a morte de 28 pessoas pelo vírus influenza, das quais dez foram causadas pelo Influenza A (H3N2). Esse dado é importante, uma vez que esse vírus provocou várias mortes nos Estados Unidos e representa até o momento descrito o principal causador de mortes no nosso país.
→ Vacina contra a gripe
No Brasil, existem vacinas trivalentes e quadrivalentes. As trivalentes protegem contra duas cepas A (H1N1 e H3N2) e uma cepa B (Yamagata ou Victoria). Já a quadrivalente protege contra todos os tipos de Influenza A e B.
→ Prevenção
Apesar de parecer difícil, existem formas de evitar a contaminação pelo vírus Influenza. A principal forma de prevenção é, sem dúvidas, a vacinação, a qual pode ser conseguida gratuitamente por alguns grupos, ou ainda ser adquirida em clínicas particulares. Além da vacina, não podemos nos esquecer de formas simples de prevenção, tais como:
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Lavar sempre as mãos com água e sabão, principalmente antes das refeições;
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Sempre cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar;
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Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e garrafas;
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Evitar ambientes com grandes aglomerações;
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Manter ambientes ventilados;
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Adotar hábitos de alimentação saudáveis.