Pessoas sexualmente ativas devem reconhecer que possuem responsabilidades adicionais. Dentre elas, está a possibilidade de uma gravidez não planejada, e os riscos de se adquirir (ou transmitir) DSTs: as doenças sexualmente transmissíveis.
Felizmente temos um instrumento capaz de reduzir consideravelmente as chances de um ou desses dois eventos acontecerem: a camisinha. Feita geralmente de látex (camisinha masculina) ou poliuretano (camisinha feminina); ela é um método de barreira bastante eficaz, quando utilizado corretamente.
Inserida no pênis, ou no interior da vagina, ela bloqueia a passagem de espermatozoides para o útero feminino, ao mesmo tempo em que impede a contaminação de um ou dos dois parceiros por micro-organismos que podem estar presentes em suas regiões genitais ou adjacentes. Assim, a camisinha deveria ser item obrigatório nas relações sexuais, seja entre casais hétero ou homoafetivos; seja sexo vaginal, anal ou oral.
Dentre as doenças sexualmente transmissíveis, existem aquelas que somente causam desconforto, como certas vaginoses; e aquelas que podem perdurar por toda a vida, exigindo mudanças substanciais na rotina do indivíduo acometido e possível piora em sua qualidade de vida, podendo desencadear em sua morte. A AIDS, gonorreia, sífilis, hepatite B, herpes genital, verruga genital (HPV), entre outras, são exemplos deste caso.
Infelizmente percebe-se que, apesar de sua importância, seu uso ainda vem sendo negligenciado. Pesquisas apontam, por exemplo, que somente 50% dos jovens utilizam camisinha em sua primeira relação sexual; e tal índice não muda significativamente quando se trata das demais relações. Além disso, aqueles que são fiéis à camisinha tendem a abandonar o hábito quando passam a ter uma relação mais estável.
Outro dado alarmante é que a AIDS, que décadas atrás era bem mais frequente entre grupos específicos (homoafetivos, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis), tem aumentado entre mulheres (com destaque para as casadas) e também entre jovens. A cada minuto, no mundo, quatro jovens contraem o vírus dessa doença que leva anualmente aproximadamente 11 mil vítimas a óbito, somente em nosso país. E olha que estamos falando somente de um dos problemas que poderiam ser evitados com o uso da camisinha!
Assim, percebe-se que, analisando o custo-benefício, usar a camisinha é uma alternativa mais barata e prática de garantir sua integridade física e também psicológica, no que tange a esse assunto.
Falando em custos, vale lembrar que ela é distribuída gratuitamente em postos de saúde – inclusive a feminina.