Você sabia que a Amazônia não é o “pulmão do mundo”? Muito comentada há alguns anos, essa ideia está equivocada, uma vez que, apesar de existir contribuição das florestas nesse sentido, a maior produção líquida de oxigênio é feita por algas.
Esse primeiro aspecto já nos mostra o quão importantes são esses organismos que, por serem produtores, também desempenham um papel imprescindível nas cadeias alimentares.
Algumas algas, como a kombu (Gênero Laminaria) e nori (Gênero Porphyra), são amplamente utilizadas na alimentação, principalmente em pratos orientais (sushi e sopas chamadas dashi, respectivamente, são exemplos). Além disso, são requeridas no tratamento do bócio (Gênero Laminaria) e como vermífugo (Gênero Porphyra).
Ricas em diversos sais minerais, como ferro, potássio, iodo, cobre e zinco, muitas espécies são utilizadas como adubo natural ou matéria-prima para a fabricação de fertilizantes. Além disso, algas calcárias são empregadas para a correção de pH do solo.
De algumas feofíceas, é retirada a algina: substância utilizada na fabricação de pastas de dente, cremes e sorvetes. Já rodofíceas possuem a carragenina, empregada como estabilizante de sorvetes e também na preparação do ágar: substância amplamente utilizada em pesquisas laboratoriais e também na fabricação de alimento e cápsulas de medicamentos.
Além disso, algumas algas, como as chlamydomonas e clorelas, são requeridas para a decomposição aeróbica de resíduos orgânicos, presentes em esgotos, evitando que este processo ocorra de forma anaeróbica, liberando gases, compostos tóxicos e mau-cheiro.
Ah, sim! Não podemos nos esquecer dos liquens: simbiose entre algas e certos fungos. Tais organismos são pioneiros nas sucessões ecológicas, permitindo que novas espécies colonizem, mais tarde, o ambiente.
Interessante, não?