As glândulas sudoríparas são estruturas encontradas em toda a superfície corporal. Elas são responsáveis pela produção do suor, substância incolor e de odor característico composto principalmente por água e outras substâncias dissolvidas, como o cloreto de sódio. O suor é muito importante para o organismo, pois tem como função regular a temperatura do corpo, mantendo-o refrigerado e impedindo que a temperatura interna aumente, causando prejuízos.
Em algumas pessoas, as glândulas sudoríparas produzem uma grande quantidade de suor, caracterizando o que chamamos de hiperidrose, que pode aparecer na infância e perdurar por toda a vida. As palmas das mãos, plantas dos pés, axilas eface são as regiões do corpo em que as glândulas sudoríparas mais produzem suor, que não tem odor desagradável. A hiperidrose não é uma doença grave, mas pode interferir consideravelmente na qualidade de vida do indivíduo, tendo algumas implicações nas atividades sociais, escolares e profissionais.
Existem dois tipos de hiperidrose: a hiperidrose primária e a hiperidrose secundária. A hiperidrose primária é uma doença com características genéticas e relacionada com o estresse a com a instabilidade emocional. Esse tipo de hiperidrose aparece na infância e conforme a pessoa vai crescendo seus sintomas vão se agravando. É interessante dizer que na hiperidrose primária de fundo emocional, os sintomas desaparecem durante o sono. Já a hiperidrose secundária é desencadeada por outras doenças, como o hipertireoidismo, diabetes, obesidade, alterações hormonais, etc.
O diagnóstico da hiperidrose é feito levando-se em consideração o histórico do paciente e seus sintomas, devendo o médico avaliar se não há alguma doença provocando essa sudorese excessiva.
O tratamento da hiperidrose pode ser feito através de medicamentos de uso local ou de uso oral (ambos devem ser prescritos por um médico, em razão dos riscos de efeitos colaterais). Quando a hiperidrose é emocional, recomenda-se o acompanhamento psicológico, sendo em alguns casos necessário o uso de tranquilizantes. A aplicação de toxina botulínica também é uma opção de tratamento, pois ajuda a controlar a sudorese excessiva. Há casos mais graves em que se faz necessária a retirada das glândulas sudoríparas ou também um procedimento chamado de simpatectomia, que consiste no corte dos nervos responsáveis pelo estímulo à sudorese.