A giberelina é um hormônio vegetal, assim como a auxina, citocinina, ácido abscísico e etileno. Os indícios da existência dessa substância começaram a aparecer em um estudo realizado em 1926, em que um pesquisador japonês observou plantas com crescimento acelerado, longas, finas e pálidas (doença da planta boba). Essas plantas apresentavam esses sintomas graças a uma substância produzida por um fungo Gibberella fujikuroi. Essa substância foi posteriormente isolada e nomeada em 1934, entretanto somente em 1956 foi isolada de uma planta com sucesso.
Após a sua descoberta, a giberelina foi identificada em diversas plantas e hoje se sabe que ela ocorre em todos os vegetais em quantidades diferentes. Existe mais de 100 tipos de giberelinas, incluindo o ácido giberélico, tipo mais encontrado e também produzido pelo fungo Gibberella fujikuroi.
Esse fitormônio é sintetizado nos meristemas apicais do caule, folhas jovens e também em sementes e frutos em fase de desenvolvimento. Em sementes maduras, o nível de giberelina cai consideravelmente. Esse hormônio é transportado via floema e xilema.
Uma das principais funções da giberelina é controlar o crescimento do caule. Essa característica é observada principalmente quando é aplicada uma quantidade desse hormônio em plantas mutantes anãs. Esses mutantes começam então a crescer, tornando-se impossível distinguir as plantas normais e as mutantes. As mutações nas plantas anãs impedem que elas produzam o fitormônio.
Além do papel no alongamento do caule, elas atuam na quebra da dormência das sementes de algumas plantas. A giberelina, nesse caso, atua substituindo a luz ou frio que seriam necessários para a quebra da dormência. Esse hormônio promove o crescimento do embrião e a emergência da planta jovem.
Além disso, em sementes de cereais existe uma porção denominada camada de aleurona, que apresenta grande quantidade de proteína. O embrião começa a produzir giberelina, que vai atuar produzindo enzimas na camada de aleurona. Essas enzimas serão usadas para quebrar as reservas encontradas no endosperma da semente em açúcares e aminoácidos que serão utilizados pelo embrião.
A giberelina também atua na floração de algumas espécies de dia longo ou bianuais, substituindo, assim, os estímulos ambientais necessários. Assim como a auxina, também podemos relacionar a giberelina com o surgimento de frutos partenocárpicos.
Comercialmente, ela pode ser usada na produção de frutos, sendo o exemplo mais notável o caso das uvas Thompson, em que a giberelina atua induzindo o crescimento da uva e causando maior espaçamento nos cachos, deixando-os mais soltos. A giberelina também é usada para aumentar a produção de cana-de-açúcar, uma vez que ela alonga o entrenó da planta.