Germinação é um termo utilizado para se referir ao início ou retomada do crescimento de um esporo, gema ou semente. Durante este texto, falaremos a respeito da germinação da semente, um processo que faz com que essa estrutura cumpra a sua função para o vegetal, ou seja, garanta a propagação da espécie. Uma semente é formada por um embrião maduro, reservas nutritivas e um envoltório protetor.
Quando o crescimento do embrião é retomado, a primeira estrutura a surgir na maioria das sementes é a raiz, promovendo a fixação do vegetal e a absorção de água. Posteriormente, o sistema caulinar emerge, e a forma como essa emergência ocorre permite classificar a germinação em epígea ou hipógea. As sementes germinam apenas quando encontram condições ideais, existindo fatores externos necessários para que esse processo ocorra.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre germinação
- 2 - O que é a semente?
- 3 - O que é necessário para que ocorra a germinação?
- 4 - Como ocorre a germinação das sementes?
Resumo sobre germinação
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Germinação é um termo utilizado para se referir ao início ou retomada do crescimento de um esporo, gema ou semente.
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A germinação da semente garante a propagação de uma espécie.
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Para que a germinação da semente ocorra, é preciso que haja alguns fatores importantes, tais como a presença de água, oxigênio e temperatura.
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Algumas sementes não germinam, mesmo em condições externas favoráveis. Nesses casos, diz-se que a semente está em dormência.
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Sementes dormentes necessitam de sinais específicos para germinarem, como a passagem pelo trato digestório de animais e grande quantidade de chuva.
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Quando a germinação acontece, a raiz geralmente é a primeira estrutura a emergir.
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A germinação pode ser chamada de epígea ou hipógea, a depender da forma como surge o sistema caulinar.
O que é a semente?
As sementes são estruturas encontradas em plantas gimnospermas e angiospermas que garantem a dispersão de uma espécie e aumentam a capacidade de sobrevivência de uma planta. Elas são formadas por um embrião maduro, reservas nutritivas e um envoltório protetor. Em relação à estrutura das sementes, existem algumas variações, a depender do grupo de plantas estudado.
Consideremos, inicialmente, a semente de feijão, uma espécie de angiosperma do grupo das eudicotiledôneas, as quais se caracterizam por apresentarem dois cotilédones. Os cotilédones são as primeiras folhas da planta e estão relacionados com a nutrição do embrião. Em algumas sementes eles são grandes, carnosos e ricos em reservas. Em outras espécies, no entanto, são finos e membranáceos e atuam absorvendo as reservas armazenadas no endosperma.
A semente de feijão apresenta um embrião que consiste em um eixo com dois cotilédones. A região acima do cotilédone é chamada de epicótilo, enquanto a região abaixo é denominada hipocótilo. A primeira gema do embrião é chamada de plúmula. Na extremidade inferior do hipocótilo está a raiz embrionária, também denominada radícula. Em algumas espécies, não é possível diferenciar a radícula, e a região abaixo do cotilédone recebe o nome de eixo hipocótilo-radicular.
Em sementes de monocotiledôneas, como o milho, apenas um cotilédone é observado. Nas monocotiledôneas, os embriões mais diferenciados são aqueles de gramíneas. Nessas sementes, o cotilédone é maciço e recebe o nome de esculeto. A radícula e a plúmula nessas espécies são envoltas por bainhas denominadas, respectivamente, coleorriza e coleóptilo.
→ Videoaula sobre gimnospermas e angiospermas
O que é necessário para que ocorra a germinação?
A germinação da semente é um processo essencial para o desenvolvimento de uma nova planta e se caracteriza pela retomada do crescimento do embrião. Vários fatores externos e internos são importantes para que a germinação aconteça. Dentre os principais fatores externos que atuam na germinação da semente, podemos citar:
→ Água
Durante a fase de maturação de uma semente, ela sofre intensa dessecação, podendo perder mais de 90% de sua água. Devido à perda de água, o metabolismo da semente cai consideravelmente, permitindo que o embrião permaneça viável por um grande período de tempo.
Para que a retomada do crescimento do embrião ocorra, é importante que a semente absorva água, uma vez que essa substância é fundamental para a realização de atividades metabólicas. O nome desse processo de absorção é embebição.
Ao absorver água, as enzimas existentes na semente são ativadas e novas são produzidas, de modo a garantir a utilização das reservas nutritivas e o crescimento do embrião. Além disso, à medida que a semente absorve água, ela aumenta de tamanho, e a pressão em seu interior aumenta.
→ Temperatura
Todas as sementes germinam apenas em uma temperatura ideal. Em geral, as sementes não germinam abaixo ou acima da faixa de temperatura ótima para sua espécie.
→ Oxigênio
O oxigênio é fundamental para a germinação da semente, uma vez que ele é necessário para o processo de quebra de glicose. Algumas situações podem impedir que a semente obtenha a quantidade de oxigênio que precisa para germinar, como excesso de umidade e desenvolvimento em local impermeável.
É importante destacar que algumas sementes, mesmo em condições externas adequadas, não germinam. Nessas situações, dizemos que as sementes estão dormentes. A dormência, apesar de parecer um problema para a planta, é, na realidade, essencial para sua sobrevivência, pois garante que ela germine apenas quando há condições adequadas para o desenvolvimento da planta.
Para germinar, as sementes dormentes necessitam de estímulos específicos, os quais quebrarão a dormência. As plantas de deserto, por exemplo, apresentam inibidores em seu envoltório, os quais são removidos apenas após uma considerável quantidade de chuva.
A dormência é importante nesse caso, pois garante que a semente germine apenas em períodos em que há disponibilidade de água suficiente para o crescimento inicial da planta. Há, ainda, sementes que precisam rolar no cascalho para germinar, outras que necessitam do fogo e até mesmo aquelas que germinam apenas após passarem pelo trato digestivo de algum animal.
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Como ocorre a germinação das sementes?
A propagação de uma espécie só ocorre quando a semente germina. Após a retomada do crescimento do embrião, a primeira estrutura a emergir da maioria das sementes é a raiz. Quando conhecemos a função das raízes, não é difícil entender a importância dessa estrutura emergir primeiro.
Isso porque é a raiz que garantirá que a planta se fixe no substrato e também que absorva a água do meio. A primeira raiz é chamada de primária ou pivotante, e, à medida que ela cresce, subdivisões vão surgindo, formando um sistema ramificado. Nas plantas monocotiledôneas, a raiz principal apresenta vida curta, e na planta adulta, observa-se a presença de um sistema formado por raízes adventícias.
Após a emergência da raiz, o sistema caulinar surge, e a forma como esse processo ocorre varia de um grupo de plantas para outro. Em plantas como o feijão, a região do hipocótilo se alonga e forma uma curvatura, também chamada de gancho. O gancho cresce até alcançar a superfície do solo, onde ele se estica e faz com que os cotilédones e a plúmula sejam projetados para o ar. Esse tipo de germinação é denominada epígea.
Em plantas como a ervilha, o epicótilo se alonga e forma o gancho. Quando atinge a superfície e estica, ele faz com que a plúmula seja projetada para o ar. Perceba que, nesse caso, os cotilédones permanecem no solo, pois o alongamento ocorre acima da região de sua inserção. Esse tipo de germinação é chamada de hipógea.
No milho, a primeira estrutura a emergir é a coleorriza, ou seja, o processo de germinação ocorre de maneira diferente das apresentadas. A emergência da coleorriza é seguida pela radícula. O coleóptilo cresce em decorrência do alongamento do primeiro entrenó caulinar, que é empurrado para cima até alcançar a superfície do solo. Ele então para de crescer, e as primeiras folhas da plúmula surgem por meio de uma abertura em sua extremidade.