Essa condição pode ainda levar ao desenvolvimento de câncer de pênis e aumentar os riscos de ocorrer infecções urinárias e sexualmente transmissíveis. Em algumas situações, a fimose poder ser resolvida espontaneamente, sendo em outras necessária intervenção. Os tratamentos, atualmente, incluem o uso de pomadas, realização de exercícios e cirurgia, a qual é indicada apenas em algumas situações, como quando outros tratamentos não surtem o efeito desejado.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre fimose
- 2 - O que é fimose?
- 3 - Complicações da fimose
- 4 - Tipos de fimose
- 5 - Diagnóstico da fimose
- 6 - Tratamento da fimose
Resumo sobre fimose
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A fimose caracteriza-se pela incapacidade de retrair o prepúcio.
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Ocorre principalmente em crianças.
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Pode ser primária ou secundária.
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Pode favorecer o desenvolvimento de infecções sexualmente transmissíveis, de infecções urinárias e de câncer de pênis.
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A cirurgia não é a única forma de tratar a fimose.
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Medicamentos e massagens são também opções de tratamento em caso de fimose.
O que é fimose?
Fimose é uma palavra derivada do grego phimosis que significa “laço” ou “mordaça” e é usada para se referir à incapacidade de retração do prepúcio observada em alguns indivíduos. O prepúcio é uma porção de pele que se projeta sobre a glande, sendo esta última a região mais dilatada do pênis e também com maior sensibilidade.
Na fimose, o prepúcio impede que a glande seja exposta, uma condição que pode acarretar uma série de problemas. Um dos problemas principais diz respeito à higienização local, a qual pode ser comprometida, levando até mesmo a infecções na área. Além disso, a fimose pode dificultar o fluxo normal de urina, impedindo o esvaziamento completo da bexiga.
Complicações da fimose
A fimose, além de dificultar a higienização adequada do pênis e, em alguns casos, comprometer o fluxo urinário, pode levar ao desenvolvimento de problemas ainda mais graves. De acordo com o Ministério da Saúde, se não tratada adequadamente, a fimose pode levar a problemas como:
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aumento do risco de infecção urinária;
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dor nas relações sexuais;
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maior propensão a ter uma IST, HPV ou câncer de pênis;
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maior risco de desenvolver uma parafimose, que é quando o prepúcio fica preso e não volta a recobrir a glande.
Tipos de fimose
A fimose pode ter diferentes causas e acometer pessoas de diferentes idades, sendo, no entanto, muito mais comum em crianças. Podemos dividir a fimose em dois grupos: a primária e a secundária.
Na fimose primária, também conhecida como fisiológica, o prepúcio do indivíduo apresenta um aspecto normal, sendo esse problema geralmente resolvido de maneira espontânea nos primeiros anos de vida. Vale destacar que essa condição está presente desde o nascimento.
A chamada fimose secundária, também conhecida como patológica, caracteriza-se pela presença de um anel fibroso no prepúcio. A formação desse anel relaciona-se com diferentes problemas, como a inflamação de repetição na glande e prepúcio (balanopostites) e traumas. A fimose secundária pode acometer homens de diferentes idades.
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Diagnóstico da fimose
A fimose é um problema que pode ser diagnosticado facilmente em exames físicos realizados durante a avaliação de rotina. Em crianças, a primeira verificação para observar a presença de fimose é feita ainda no bebê recém-nascido e deve fazer parte das consultas com o pediatra até que a criança atinja cinco anos de idade.
Como visto anteriormente, a fimose não acomete apenas crianças, podendo acometer o indivíduo também em outras fases da vida. Nessas situações, ao perceber a dificuldade de retração do prepúcio, o indivíduo deve procurar imediatamente o médico urologista.
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Tratamento da fimose
Diferentemente do que muitos pensam, o tratamento da fimose não se dá exclusivamente com procedimentos cirúrgicos. O tratamento mais adequado dependerá do tipo de fimose e também se há ou não complicações. Algumas situações podem ser revertidas com o uso de medicamentos e também com exercícios de retração, os quais são recomendados apenas para meninos com mais de cinco anos de idade.
A cirurgia, conhecida como circuncisão, é recomendada apenas em situações específicas, tais como uma resposta inadequada aos outros tratamentos, quando o adolescente ainda não conseguiu expor sua glande, em casos de balanopostites recorrentes e em casos de fimose patológica.
Apesar dessas recomendações, muitos meninos são circuncidados devidos a fatores religiosos, étnicos e porque muitos pais não acreditam que o problema possa ser revertido. É importante deixar claro ainda que alguns autores sugerem que a cirurgia pode ser benéfica, reduzindo a chance de doenças sexualmente transmissíveis, de desenvolver câncer de pênis e minimizando riscos de infecções urinárias.