A febre maculosa é uma doença bacteriana séria, transmitida por carrapatos e que pode, até mesmo, causar a morte. Como o nome sugere, é uma doença que se caracteriza por causar febre.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Agente etiológico da febre maculosa
- 2 - → Vetor da febre maculosa
- 3 - → Transmissão da febre maculosa
- 4 - → Sinais e sintomas da febre maculosa
- 5 - → Diagnóstico e tratamento da febre maculosa
→ Agente etiológico da febre maculosa
O agente etiológico da febre maculosa, ou seja, o agente causador da doença são bactérias do gênero Rickettsia. No Brasil, a doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é uma espiroqueta (bactéria de formato helicoidal) gram-negativa (bactérias com parede celular complexa que se coram de vermelho quando submetidas à coloração de Gram).
→ Vetor da febre maculosa
No Brasil, os principais vetores (veículos de transmissão do agente causador) e reservatórios da bactéria causadora da febre maculosa são os carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente o carrapato conhecido como carrapato-estrela (Amblyomma cajennense). Animais como a capivara e o cavalo são importantes no ciclo de transmissão da doença, pois são grandes reservatórios de carrapatos.
Veja também: Vetor e agente etiológico
→ Transmissão da febre maculosa
A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato infectado com a bactéria. Normalmente, a transmissão acontece quando o carrapato fica na pele da pessoa por um período de 4 a 5 horas. Vale destacar que alguns autores mencionam um período de 6 a 10 horas. Essa doença não é transmitida de uma pessoa para outra.
As capivaras podem apresentar carrapatos, responsáveis pela transmissão de febre maculosa
→ Sinais e sintomas da febre maculosa
O período de incubação, ou seja, o período compreendido entre o contato com o agente etiológico e o início do surgimento de sintomas é de 2 a 14 dias. Geralmente, os sintomas mais comuns são:
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Febre alta (em torno de 39,5°C)
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Dores de cabeça
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Dores musculares
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Mal-estar
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Náuseas e vômitos
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Erupções ou manchas vermelhas na pele.
Em casos mais graves, podem surgir ainda inchaço nas pernas, aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia), insuficiência renal, tosse, edema pulmonar, meningite, sangramento mucocutâneo (que envolve mucosas e a pele) e convulsões. Caso não seja tratada, a febre maculosa pode evoluir para o coma profundo. Quando a doença não é tratada adequadamente, ocorre a morte de até 80% dos casos.
Veja também: Infecções bacterianas
→ Diagnóstico e tratamento da febre maculosa
Os sintomas da febre maculosa são pouco específicos, logo apenas sua análise não é suficiente para diagnosticar o problema. Sendo assim, exames complementares devem ser realizados, tais como hemograma, reação de imunofluorescência indireta, pesquisa direta da bactéria por meio de histopatologia/imuno-histoquímica e técnicas de biologia molecular.
O tratamento da febre maculosa deve ser rápido para diminuir o risco de letalidade. Por ser uma doença bacteriana, o tratamento baseia-se no uso de antimicrobiano, o qual será escolhido adequadamente pelo médico. De acordo com o Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, se houver suspeita de febre maculosa, o tratamento com antibióticos deve começar antes mesmo da confirmação laboratorial do caso.
Atenção: Para prevenir a febre maculosa, evite locais infestados por carrapatos e, sempre que adentrar em locais em que poderá haver contato com esses animais, utilize vestimentas adequadas. É importante também examinar o corpo a fim de identificar a presença de carrapatos. Se encontrá-los, retire-os, de preferência, com uma pinça.