O vírus da febre aftosa foi o primeiro de ocorrência em animais a ser isolado. Ele acomete, principalmente, bovinos, bubalinos, ovinos, suínos, caprinos e alguns animais selvagens. Ocasionalmente, pode também infectar indivíduos da nossa espécie, embora sejam casos relativamente raros.
Ele pertence à Família Picornaviridae, Gênero Aphthovirus. Possui um único RNA, e apresenta sete sorotipos diferentes, sendo três encontrados no Brasil: o A, C e O.
O animal infectado libera o vírus em seu suor, sangue, urina, fezes, sêmen, leite e nas feridas provocadas pelo patógeno. Como é resistente, se espalha com bastante facilidade.
A transmissão se dá principalmente pela inalação da partícula viral. No entanto, o simples contato com os animais enfermos, ou com o material infeccioso, por meio de lesões cutâneas; pode provocar sua transmissão.
O período de incubação varia entre três e cinco dias, na maioria dos casos. O primeiro sintoma é a febre, seguida da formação de aftas na boca, com predominância na língua e gengiva. Além destes, surgem também brotoejas nos espaços entre os dedos, e sede excessiva. Geralmente, duram entre três e cinco dias. No entanto, podem provocar complicações, geralmente decorrentes de infecções secundárias, podendo causar a morte do animal.
Os prejuízos, tanto econômicos quanto sociais, são significativos. Isso porque a recomendação é que os animais doentes sejam sacrificados; e os países nos quais há a incidência da doença são proibidos de exportar o seu gado, para evitar a transmissão de outros indivíduos, eliminando, também, a possibilidade de que subtipos diferentes adentrem em países cuja incidência não existia.
Além disso, dependendo da região em questão, existe o risco de o turismo ser afetado, já que situações assim despertam pânico na sociedade em geral; e há a possibilidade da distribuição dos alimentos de origem animal ser prejudicada, ou mesmo de seu preço aumentar significantemente.
Assim, produtores, empresários, famílias rurais, e sociedade em geral, são bastante afetados – além, obviamente, dos animais envolvidos. Como há a necessidade de grandes investimentos tanto do setor público quanto privado, visando o controle e erradicação da doença; tais esferas da sociedade apresentam ônus significativo.
Considerando tais fatos, fica clara a necessidade de se adotar medidas de prevenção dessa doença. A vacinação dos bovinos e bubalinos é a principal delas.