Enzimas são, em sua maioria, proteínas capazes de aumentar a velocidade das reações biológicas, diminuindo a energia necessária para desencadear a reação (energia de ativação), sem que haja aumento da temperatura – o que poderia ser incompatível com a vida. Dessa forma, podemos dizer que elas atuam como catalisadores.
Cada enzima atua em uma determinada reação, sempre em conjunto com um mesmo tipo de substrato, que é o composto sobre o qual ela reage. Por esse motivo, alguns se referem a essa relação de especificidade, o complexo enzima-substrato, como “modelo chave-fechadura”, já que uma fechadura só costuma ser aberta por um único tipo de chave.
Não é exatamente um encaixe perfeito, tal como esse modelo sugere. No entanto, para o Ensino Fundamental e Médio, tal ideia costuma ser difundida por facilitar a visualização entre tais elementos.
A concentração de enzimas e de substratos eleva a velocidade da reação: quanto maior elas se encontram, mais rápido é o processo. Além disso, cada enzima possui uma faixa ótima de temperatura e pH, atuando com mais eficiência quando o ambiente apresenta valores relacionados a ela. Em temperaturas ou pH muito extremos, a enzima sofre mudanças em sua conformação, tornando-se inativa, já que tal fato dificulta o encaixe entre ela e seu substrato. Chamamos esse fenômeno de desnaturação.
As enzimas não sofrem alterações em suas estruturas para executarem suas tarefas, exceto nos casos descritos acima. Assim, não ocorrendo a desnaturação, elas têm perfeitas condições de atuarem novamente, em uma nova reação.
Essas estruturas, de forma geral, são denominadas de acordo com o nome do seu substrato, acrescido do sufixo “ase”:
- lipase = enzima que atua sobre os lipídios.
- lactase = enzima que atua sobre a lactose.
Há exceções, como a ptialina, que atua na quebra da amilase; e a pepsina e a tripsina, que atuam sobre proteínas.
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