Todos nós sabemos que devemos ingerir todos os dias pelo menos três litros de água para que nosso corpo funcione adequadamente. O motivo dessa necessidade está no fato de que nosso corpo não é capaz de armazenar água e utiliza essa substância a todo tempo para a realização de vários processos vitais. Em razão do gasto constante de água, devemos sempre manter um equilíbrio entre o que é ingerido e o que é perdido. Vale destacar, no entanto, que não temos controle sobre a eliminação de água, restando apenas controlar a ingestão.
A água é eliminada no nosso corpo de várias formas, algumas de fácil percepção e outras não. Aquelas perdas que podem ser observadas são denominadas de sensíveis ou mensuráveis; já aquelas que não podem ser vistas são chamadas de insensíveis ou não mensuráveis.
Como principal exemplo de perda sensível, podemos citar o suor, que é formado por água e eletrólitos, como o sódio e o cloro. A produção dessa substância pelas glândulas sudoríparas é fundamental para a regulação da temperatura do corpo, impedindo que esta se eleve de forma exagerada. Entretanto, não é a produção do suor que provoca o resfriamento, e sim a sua evaporação.
Além do suor, verificamos a perda de água pela urina, uma substância formada por água e substâncias tóxicas e em excesso que devem ser eliminadas do organismo. A urina, que é produzida nos rins, pode ser utilizada como uma forma de analisar a quantidade de água presente no corpo. Quando eliminamos uma urina de coloração clara, é um indicativo que estamos bem hidratados; entretanto, quando a urina está bem concentrada, é sinal de que nosso corpo necessita urgentemente de água.
As fezes também provocam perda de água, porém em menor quantidade do que o suor e a urina. Atenção redobrada deve ser dada aos casos de fezes líquidas, em que uma grande quantidade de água é perdida. Quadros de diarreia intensa podem provocar desidratação, um problema grave que pode levar à morte se não tratado de maneira adequada por meio da reposição de líquidos e sais.
As perdas insensíveis, apesar de não serem observadas facilmente, também devem ser analisadas. Dentre essas perdas, destacam-se a liberação de vapor de água no momento da respiração e a perda por difusão através da pele.
Certos fatores aumentam a eliminação de água pelo organismo e, por isso, alguns casos devem ser avaliados para que a ingestão de água seja feita de forma correta. Entre as circunstâncias que exigem maior ingestão de água estão a prática de exercícios, diarreias prolongadas, febres, vômitos, uso de diuréticos, gestação e lactação, alimentação rica em sais, permanência em ambientes quentes, queimaduras, cirurgias e algumas doenças, tais como o diabetes.
Garantir o equilíbrio hídrico é fundamental para que nosso corpo funcione adequadamente. Sendo assim, a ingestão de água deve ser encarada como uma questão de saúde.
Hidrate-se corretamente!