Coronavírus são vírus pertencentes a uma grande família viral, a qual é responsável por provocar infecções respiratórias, que variam desde o resfriado comum até doenças graves, como a covid-19. Essa família de vírus é conhecida desde meados dos anos 1960 e atualmente existem sete espécies de coronavírus que causam doenças em seres humanos, sendo o SARS-CoV-2, causador da covid-19, o terceiro coronavírus emergente em duas décadas.
Leia também: Covid-19 — tudo sobre a doença que impactou o mundo
Tópicos deste artigo
- 1 - Significado do termo coronavírus
- 2 - O que são os coronavírus?
- 3 - Síndromes respiratórias graves provocadas pelos coronavírus
Significado do termo coronavírus
Coronavírus é o nome dado aos vírus pertencentes à família Coronaviridae. Essa família recebe essa denominação, pois, ao se observar os vírus desse grupo no microscópio eletrônico, eles se assemelham a uma coroa (corona em latim), devido à presença de espículas em sua superfície.
O que são os coronavírus?
Os coronavírus são um grupo de vírus que se destaca por provocar doenças respiratórias, as quais acometem não só seres humanos, mas também outros animais, incluindo espécies domésticas e selvagens. Esses vírus são de RNA, envelopados e podem ser transmitidos de uma pessoa para outra pelo ar, por exemplo, por meio de gotículas respiratórias eliminadas pelo doente ao tossir, falar ou respirar, ou ainda pelo toque ou aperto de mão ou contato com superfícies contaminadas e posterior contato da mão com as mucosas (boca, nariz ou olhos). Algumas das formas de prevenção incluem o distanciamento físico e lavar sempre as mãos com água e sabão ou realizar a higienização com álcool em gel 70%.
Atualmente existem sete espécies de coronavírus que são responsáveis por desencadear doenças nos seres humanos. As espécies HCoV-229E, HCoV-NL63, HCoV-OC43 e HCoV-HKU1 são responsáveis por provocar resfriados leves, raramente afetando o trato respiratório inferior. Já as espécies MERS-CoV, SARS-CoV e SARS-CoV-2 são responsáveis por síndromes respiratórias graves, sendo esse último o responsável pela covid-19, a qual já causou a morte de milhares de pessoas.
De maneira geral, os coronavírus geram sintomas como febre, tosse, dor de garganta e coriza. Alguns podem provocar síndromes respiratórias graves, as quais podem ocasionar dificuldade para respirar e uma redução da oxigenação no sangue.
Leia também: Cinco doenças comuns a homens e animais
Síndromes respiratórias graves provocadas pelos coronavírus
Os coronavírus sempre foram vistos como vírus que causavam poucos danos aos seres humanos, provocando infecções respiratórias relativamente leves. Os casos de Sars entre 2002 e 2003, no entanto, acenderam o alerta a respeito dessa grande família viral.
A síndrome respiratória aguda grave (Sars) é uma doença causada por um coronavírus denominado SARS-CoV. Ela se originou na China, contaminou cerca de 8000 mil pessoas e levou aproximadamente 800 à morte. A letalidade da doença é de cerca de 9,5%.
Essa síndrome respiratória provoca febre alta, dores de cabeça, calafrios, dores no corpo e mal-estar. Após cerca de uma semana, os pacientes com a doença podem desenvolver tosse seca, a qual pode progredir para uma redução dos níveis de oxigênio no sangue. Cerca de 20% dos acometidos necessitam de ventilação mecânica.
A Sars foi controlada ainda no ano de 2003, graças a medidas eficientes de identificação dos casos e isolamento deles, entre outras estratégias. Com o fim da Sars, o mundo respirou aliviado até o ano de 2012, quando outro vírus da família dos coronavírus voltou a causar temor na população. Surgia nesse momento a Mers.
A síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers) é uma doença respiratória grave que foi relatada pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2012. Provocada pelo vírus MERS-CoV, a doença provoca sintomas como febre, tosse e falta de ar. Entre as complicações da doença estão a pneumonia e a insuficiência respiratória. A experiência com a Sars fez com que fosse possível também conter a Mers, a qual se destaca por ser mais letal, porém menos transmissível. Cerca de 3 a 4 em cada 10 pacientes com Mers morrem como consequência da doença.
Em 2019 outro problema relacionado a um coronavírus surgiu, a covid-19. Essa doença, provocada pelo SARS-CoV-2, teve seus primeiros casos reconhecidos em Wuhan, China. No ano de 2020, mais precisamente no dia 11 de março, a covid-19 foi caracterizada como uma pandemia, levando milhares de pessoas à morte e provocando grandes perdas econômicas. Nesse cenário o mundo se deparou com um inimigo extremamente difícil de combater.
A covid-19 provoca sintomas que lembram um resfriado comum, tais como febre, tosse, dores de garganta e cansaço. Esses sintomas podem se agravar, desencadeando uma síndrome respiratória grave, que pode até mesmo levar à morte. Sem tratamento comprovadamente eficaz, os países travaram uma luta contra o tempo em busca de vacinas contra mais um coronavírus. No Brasil, a primeira pessoa vacinada contra a doença foi a enfermeira Mônica Calazans, do hospital Emílio Ribas, no dia 17 de janeiro de 2021. Até o dia 1º de março de 2021, às 16h03, a pandemia de covid-19 já possuía 113.820.168 casos confirmados, incluindo 2.527.891 mortes, notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS).