Os fósseis são restos ou vestígios de organismos vivos que viveram no passado e que, de alguma forma, foram conservados. Essas estruturas fornecem grandes informações a respeito da evolução dos seres vivos e das condições do meio ambiente há milhares de anos.
Os vestígios de um organismo podem ser pegadas, marcas de dentes, ovos, túneis, galerias e até mesmo excrementos. Esses vestígios de atividade biológica são denominados de icnofósseis e, apesar de não serem restos de um organismo, comprovam que um determinado ser vivo existiu naquele lugar.
Uma categoria extremamente importante de icnofósseis são os excrementos, ou seja, as fezes de um animal. Os excrementos fossilizados são chamados de coprólitos, palavra originada do grego cropos = fezes + litos = pedra.
A importância dos coprólitos é imensa, pois trazem diversas pistas sobre um animal e o ambiente em que ele vivia. Analisando-se as fezes, um paleontólogo pode conseguir informações sobre o comportamento alimentar desse organismo, o local em que ele vivia, possíveis doenças causadas por parasitas e até mesmo a anatomia do sistema digestório.
Analisando-se o conteúdo das fezes, pode-se diferenciar um organismo herbívoro de um carnívoro, por exemplo. Além disso, caso o animal tenha se alimentado de vegetais, esse excremento pode fornecer informações sobre como era a flora local, permitindo uma reconstrução do paleoambiente. Alguns estudos já encontraram fragmentos de DNA preservados nos coprólitos, o que facilita os estudos genéticos e evolutivos.
Vale frisar, no entanto, que, apesar de conterem importantes informações a respeito dos organismos que os originaram, descobrir de que animal são as fezes encontradas é uma tarefa bastante complicada para os paleontólogos. Para isso, alguns estudiosos relacionam o formato das fezes atuais com o material preservado. Além disso, o pesquisador deve ser muito atento para não confundir essas estruturas com outros fósseis.