A secreção celular é um importante processo que envolve uma organela denominada de complexo golgiense. Por causa da relação existente entre a secreção e essa organela, uma maior quantidade de complexo golgiense é encontrada em células especializadas nesse processo.
→ O que é o complexo golgiense?
O complexo golgiense é uma organela presente em células eucariontes e apresenta-se como uma pilha de sacos membranosos achatados com porções laterais dilatadas denominados cisternas. Cada cisterna, apesar de estar bem próxima a outra, não apresenta comunicação física entre si.
Podemos distinguir duas porções em um complexo golgiense: uma face convexa e uma face côncava. A face convexa é chamada de cis e é a região onde as vesículas provenientes do retículo endoplasmático fundem-se. Já na face trans, surgem as vesículas que serão transportadas para outras organelas, como lisossomos, ou em direção à membrana plasmática para a secreção.
Observe atentamente a estrutura de um complexo golgiense
→ Como ocorre o processo de secreção celular?
O complexo golgiense é responsável pela secreção de substâncias produzidas por ele e pelo retículo endoplasmático. As substâncias produzidas pelo retículo são transportadas, via vesículas, até a sua face cis do complexo golgiense. Nesse local, as vesículas fundem-se à organela, e a substância é, então, lançada em seu interior.
A substância proveniente do retículo endoplasmático segue por meio de vesículas, de cisterna em cisterna, até a face trans do complexo golgiense. Durante esse trajeto, várias modificações podem ocorrer, como a adição de carboidrato (glicosilação) e as hidrólises parcias. Isso se deve ao fato de que as cisternas são ricas em enzimas que atuam nos mais variados processos.
Ao chegar à face trans, são formadas vesículas que brotam do complexo golgiense. Essas vesículas são endereçadas a um local específico, e algumas delas podem ser encaminhadas a outras organelas ou, ainda, para a membrana plasmática, onde a secreção é liberada pra o meio externo (exocitose).