Quando falamos em métodos contraceptivos, sempre imaginamos os métodos mais conhecidos, tais como as camisinhas e pílulas anticoncepcionais. Entretanto, na maioria das vezes, não nos questionamos sobre o melhor método para cada casal, acreditando sempre que os métodos mais usados são os ideais.
Quando o assunto é prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, a camisinha, inquestionavelmente, deve ser escolhida como método, pois ela é a única que confere proteção contra doenças. Entretanto, quando a prevenção é apenas contra uma gravidez indesejada, outras análises devem ser feitas.
Tópicos deste artigo
- 1 - 1. Desejo de gravidez futura
- 2 - 2. Eficácia
- 3 - 3. Efeitos colaterais
- 4 - 4. Custo
- 5 - 5. Dificuldade de uso e comprometimento do casal
1. Desejo de gravidez futura
Antes de escolher qualquer método, é importante analisar se há ou não o desejo de uma gravidez futura. Isso será essencial para escolher entre um método reversível ou irreversível. Nos métodos reversíveis, é possível restabelecer a fertilidade logo após a interrupção da técnica, diferentemente dos métodos irreversíveis, que, para reversão do quadro, necessitam de intervenção cirúrgica, mas esta nem sempre é eficaz.
Assim sendo, se o casal deseja ter um filho no futuro, o método contraceptivo a ser escolhido deverá ser reversível. Se o casal já apresenta filhos e não deseja ter outros, por exemplo, o método pode ser o irreversível.
2. Eficácia
Analisar a eficácia de um método é fundamental para avaliar os riscos de uma possível gravidez. Os métodos hormonais e irreversíveis tendem a ser mais eficazes que os métodos comportamentais, por exemplo. Entretanto, quando usados de maneira correta, todos os métodos garantem uma considerável proteção.
3. Efeitos colaterais
Apesar de bastante eficazes, alguns métodos desencadeiam alguns efeitos desagradáveis. As pílulas anticoncepcionais, por exemplo, garantem cerca de 99% de proteção, mas, em muitas mulheres, causam dores de cabeça, náusea, retenção de líquidos e até mesmo problemas tromboembólicos.
Assim sendo, analisar os problemas que determinado método pode causar é fundamental para escolher o contraceptivo ideal. Vale destacar, no entanto, que essa etapa da escolha deve ser feita com o médico, pois este deve indicar alguns exames essenciais para avaliar a saúde e possíveis efeitos causados por um determinado método.
4. Custo
Muitas pessoas escolhem o método contraceptivo sem se perguntar sobre os custos que ele pode gerar. Com exceção dos métodos comportamentais, todos os outros métodos geram algum custo ao usuário. Sendo assim, é importante verificar se a despesa com aquele método pode, no futuro, comprometer a renda, desencadeando a interrupção do uso e expondo a mulher ao risco de gravidez.
5. Dificuldade de uso e comprometimento do casal
Alguns métodos são difíceis de serem usados quando não se tem prática, como é o caso do diafragma. Métodos como esse necessitam de treinamento e nem sempre são colocados da maneira correta em um primeiro momento. A dificuldade de uso deve ser analisada, pois, se for considerada um problema, a técnica não deve ser adotada.
Outro ponto importante é o comprometimento do casal, pois nem sempre todos os envolvidos se sentem bem ao utilizar determinado método. No caso do coito interrompido, por exemplo, é fundamental que haja cumplicidade entre o casal, pois, se o homem não retirar o pênis antes da ejaculação, pode ocorrer uma gravidez indesejada.
Percebe-se, portanto, que a escolha do método não deve ser uma escolha precipitada, pois vários pontos devem ser analisados antes da adoção de uma técnica. Também é importante conversar com o parceiro sobre o contraceptivo ideal, pois, sem comprometimento, não há nenhum método realmente eficiente.
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