Dentre os métodos contraceptivos conhecidos, existe um que é frequentemente utilizado: o coito interrompido. Classificado, assim como a tabelinha, como um método comportamental, ele consiste na retirada do pênis da vagina, segundos antes do orgasmo e, consequentemente, da ejaculação. Desta forma, a liberação do sêmen, contendo grandes concentrações de espermatozoides, acontece externamente, impedindo que ocorra a gravidez.
Pesquisas recentes, conduzidas pela Dra. Rachel K. Jones, do Instituto Guttmacher de Nova Iorque, especializada em assuntos referentes à reprodução humana, apontam que, se utilizado corretamente, esse método é tão eficaz quanto a camisinha. Entretanto, tal constatação foi feita com base em estudos com pessoas adultas e com relacionamento estável; e não foi avaliada a questão de que nem sempre é prazeroso para o homem proceder dessa forma, ao fim da relação sexual, e de que não são poucas as vezes em que a mulher deixa de alcançar o orgasmo.
Durante a relação sexual, o homem libera, aos poucos, o líquido prostático: um lubrificante natural que pode conter, a cada gota, cerca de cem mil espermatozoides! Esse fator, aliado ao fato de que nem sempre há como se ter o controle total sobre essa etapa da relação sexual, caracteriza o método em questão como inseguro para pessoas que desconhecem, de forma profunda, o próprio corpo e as funções biológicas. Além disso, assim como todos os outros métodos contraceptivos, com exceção da camisinha, o coito interrompido não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.