Clostridium botulinum é o nome científico da bactéria produtora da toxina botulínica. Trata-se de uma bactéria em forma de bastonete que se desenvolve em local sem oxigênio e produz esporos bastante resistentes. A toxina produzida por essa bactéria pode ser letal e é responsável pela doença conhecida como botulismo.
O botulismo é considerado uma emergência médica e pode levar o indivíduo à morte por paralisia da musculatura respiratória. Vale destacar que a toxina botulínica apresenta ainda fins terapêuticos e estéticos, sendo muito conhecida por ser usada para amenizar linhas de expressão.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Clostridium botulinum
- 2 - O que é Clostridium botulinum?
- 3 - Clostridium botulinum e toxina botulínica
- 4 - Toxina botulínica na medicina e na estética
- 5 - Contaminação por Clostridium botulinum
- 6 - Contaminação por Clostridium botulinum tem cura?
Resumo sobre Clostridium botulinum
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Clostridium botulinum é uma bactéria gram-positiva, produtora de esporos e com formato de bastonete.
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Clostridium botulinum produz uma toxina responsável por causar uma doença grave, denominada botulismo.
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O botulismo pode ser adquirido por meio da ingestão de alimentos contaminados ou por meio de ferimentos.
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O botulismo pode provocar a paralisia da musculatura respiratória.
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A toxina botulínica, em pequenas quantidades, pode ser usada para fins terapêuticos e também estéticos.
O que é Clostridium botulinum?
Clostridium botulinum trata-se de uma bactéria que apresenta forma de bastonete (bacilo) e que se desenvolve em meio sem oxigênio. Pode ser encontrada com frequência em locais como solo, alimentos, sedimentos aquáticos e fezes humanas. É uma bactéria gram-positiva e que se destaca, ainda, por produzir esporos resistentes, os quais podem sobreviver por mais de 30 anos em meio líquido e tolerar temperaturas de 100 °C por horas. Quando esses esporos são expostos a uma temperatura de 120 °C, resistem por 15 minutos.
Clostridium botulinum e toxina botulínica
A bactéria Clostridium botulinum é responsável pela produção de uma toxina potente conhecida como toxina botulínica. Atualmente, são reconhecidos oito tipos de toxinas botulínicas, as quais são chamadas de A, B, C1, C2, D, E, F e G. Os tipos A, B, E e F são considerados patogênicos para os seres humanos.
A toxina botulínica destaca-se por ser muito potente, sendo um grama capaz de matar 30 milhões de camundongos. Estima-se, considerando dados com primatas, que a dose letal da toxina tipo A para um homem de 70 kg é de 0,09-0,15µg por via intravenosa ou intramuscular, de 0,70-0,90µg por inalação ou ainda de 70µg por via oral.
A toxina atua na membrana pré-sináptica da junção neuromuscular, provocando o bloqueio da chamada acetilcolina. Com isso, a toxina faz com que ocorra uma falha na transmissão dos impulsos nervosos nas junções, ocasionando uma paralisia flácida nos músculos controlados por esses nervos.
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Toxina botulínica na medicina e na estética
O uso da toxina botulínica na medicina e para fins estéticos já é conhecido há muito tempo. No campo da estética, por exemplo, várias pessoas fazem uso da toxina com a finalidade de amenizar linhas de expressão indesejadas. Para conseguir tais resultados, utiliza-se uma injeção com quantidades muito pequenas da toxina em músculos subjacentes das linhas que estão causando incômodo, a fim de imobilizá-los e provocar o relaxamento local.
Além do uso estético, a toxina botulínica é usada para tratar diferentes problemas de saúde, tais como:
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estrabismo;
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blefaroespasmo;
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distonia cervical;
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espasmo hemifacial;
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hiperidrose;
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bexiga hiperativa;
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bruxismo.
Contaminação por Clostridium botulinum
O botulismo é uma doença grave causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A doença pode ser adquirida por meio da ingestão de alimentos contaminados ou ainda por meio da contaminação de ferimentos com a bactéria. Podemos considerar quatro tipos de botulismo, utilizando como critério o modo de transmissão:
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Botulismo alimentar: comumente ocorre quando ingerimos alimentos contaminados com a toxina da bactéria Clostridium botulinum. De acordo com o Ministério da Saúde, os alimentos mais envolvidos com o desenvolvimento do problema são “curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura — ‘carne de lata’); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos; e, raramente, alimentos enlatados industrializados”.
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Botulismo por ferimentos: nesse caso, como o nome indica, o botulismo se desenvolve pela contaminação dos ferimentos com a bactéria Clostridium botulinum. Dentre os ferimentos com maior possibilidade de contaminação podemos citar lesões profundas, ferimentos com agulhas de usuários de drogas injetáveis e lesões nasais provocadas por drogas inalatórias.
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Botulismo intestinal: no botulismo intestinal, o indivíduo ingere esporos contidos em alimentos contaminados. O intestino é então colonizado, e a toxina botulínica é produzida, liberada e absorvida pela mucosa intestinal. Uso de antibióticos por tempo prolongado e cirurgias intestinais são fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de botulismo.
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Botulismo infantil: o botulismo infantil é, na realidade, um tipo intestinal. A sua principal causa é a ingestão de mel de abelha por crianças em suas primeiras semanas de vida. A doença acomete frequentemente crianças com idade entre três e 26 semanas.
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Contaminação por Clostridium botulinum tem cura?
É importante salientar que o botulismo deve ser tratado como uma emergência médica que necessita de tratamento imediato. Os sintomas incluem vômito, diarreia, dor abdominal, tontura, dores de cabeça, constipação, entre outros. Em geral, a morte ocorre devido à insuficiência respiratória ocasionada pela paralisia da musculatura respiratória.
Essa infecção causada pela bactéria possui tratamento, que inclui medidas de suporte e monitorização e a administração de soro antibotulínico e antibióticos específicos. Devido ao fato de o botulismo ser uma doença grave que poder causar a morte do indivíduo, recomenda-se que o tratamento seja realizado em hospitais que contem com unidade de terapia intensiva.