Os seres humanos apresentam a incrível capacidade de modificar o ambiente em que vivem. Entretanto, nem sempre essas modificações são benéficas, pois podem causar graves danos ao meio ambiente. Obras e atividades que pareciam a solução para vários problemas da sociedade tornam-se verdadeiros inimigos do ecossistema local.
Diversos acidentes ambientais ocorreram ao longo da história brasileira e do mundo, e muitos poderiam ter sido evitados se houvesse maior rigor nas medidas de segurança. A seguir listaremos cinco desastres ambientais causados pelo homem no nosso país.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Incêndio na Vila Socó (1984)
- 2 - → Césio-137 em Goiânia (1987)
- 3 - → Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (2000)
- 4 - → Vazamento de óleo na Bacia de Campos (2011)
- 5 - → Rompimento da barragem de Mariana (2015)
→ Incêndio na Vila Socó (1984)
Em 24 de fevereiro de 1984, um terrível incêndio ocorreu na Vila Socó, em Cubatão (SP). O desastre ocorreu em virtude da liberação de 700 mil litros de gasolina por uma falha nos dutos subterrâneos da Petrobras. A combustão iniciou-se provavelmente após alguma pessoa utilizar um fósforo ou, então, por um curto-circuito em alguma fiação. O acidente causou várias mortes, entretanto, nunca se soube ao certo o número de pessoas que morreram. Segundo números oficiais, 93 pessoas faleceram. Moradores, no entanto, indicam que o número pode ter chegado a 500.
→ Césio-137 em Goiânia (1987)
O acidente com césio-137 em Goiânia, em setembro de 1987, foi ocasionado após catadores de lixo acharem um aparelho radiológico nos escombros de uma antiga clínica. O aparelho foi levado para casa e posteriormente vendido. O dono do ferro-velho que recebeu o produto abriu o equipamento e percebeu que havia um pó (cloreto de césio-137) que emitia uma cor azul brilhante muito bonita. Esse material foi, então, levado para a sua residência e mostrado para outras pessoas, incluindo Leide das Neves, a primeira vítima do acidente. Após perceberem que as pessoas que tiveram contato com o produto estavam ficando doentes, o material foi levado até a Vigilância Sanitária, que identificou a substância radioativa. No total, quatro pessoas morreram em decorrência do contato com a substância, mas centenas de outras pessoas foram contaminadas e desenvolveram problemas por causa da radiação.
→ Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (2000)
O vazamento de óleo na Baía de Guanabara, em 18 de janeiro de 2000, ocorreu após o rompimento de um duto da Petrobras que ligava a Refinaria Duque de Caxias ao terminal Ilha d'Água, na Ilha do Governador. Esse rompimento causou o escoamento de cerca de 1,3 milhão de litros de óleo e graxa nas águas. Foi uma das maiores tragédias ambientais do país. O acidente causou a morte de várias espécies de peixes e outros organismos marinhos e também contaminou a vegetação, o solo e rochas do local. Além disso, causou grandes danos à economia, uma vez que os pescadores dessa região tiveram sua renda drasticamente diminuída com a poluição.
→ Vazamento de óleo na Bacia de Campos (2011)
No dia 8 de novembro de 2011, a petroleira norte-americana Chevron foi responsável por um grave vazamento de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O acidente, que só foi percebido no dia 9 de novembro pela empresa, foi responsável por colocar no mar cerca de 3.700 barris de óleo, o que causou a morte de várias espécies marinhas e a migração de tantas outras que dependiam desse ecossistema.
→ Rompimento da barragem de Mariana (2015)
O acidente ambiental mais recente da história brasileira foi o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco, em Mariana, Minas Gerais. A barragem rompeu-se em 5 de novembro de 2015 e liberou cerca de 50 milhões de metros cúbicos de lama, que devastaram distritos próximos à região, como Bento Rodrigues, causaram a morte de várias pessoas e deixaram tantas outras desabrigadas. Apesar de, segundo a Samarco, a lama não ser tóxica, a grande quantidade de resíduos liberados desencadeou a morte de espécies, tanto terrestres quanto aquáticas, alterações na água dos rios atingidos e na vegetação do local. Aproximadamente 600 pessoas ficaram desabrigadas e 18 pessoas foram identificadas como vítimas da tragédia. Uma pessoa continua desaparecida.
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