As capivaras são mamíferos herbívoros nativos da América do Sul e são encontradas em locais próximos à água, como pântanos e ao longo de rios e córregos. O nome científico da capivara é Hydrochoerus hydrochaeris. O gênero desses animais (Hydrochoerus) significa “porco d'água” e é uma referência ao local onde são encontrados e aos seus hábitos. O nome popular, por sua vez, possui origem tupi-guarani e significa “comedor de capim”.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Características da capivara
- 2 - → Reprodução da capivara
- 3 - → Capivaras e a febre maculosa
- 4 - → Capivara correm risco de extinção?
→ Características da capivara
As capivaras destacam-se por serem o maior roedor da natureza. Seu tamanho é impressionante: podem atingir 1,3 m de comprimento e até 60 cm de altura. Em relação ao peso, uma capivara possui de 30 kg a 80 kg, e algumas podem superar os 80 kg.
As capivaras apresentam corpo musculoso e compacto coberto de pelos de cor predominante marrom-escura. Alguns autores afirmam que as capivaras não possuem rabo, outros, no entanto, afirmam que esses animais possuem um rabo pequeno e recoberto por pelos.
As capivaras são animais que vivem em locais próximos à água, podendo ficar submersas por vários minutos, por isso dizemos que possuem hábito semiaquático. A água é um local essencial para as capivaras, pois é onde elas escondem-se de predadores e reproduzem-se.
As capivaras são encontradas, geralmente, em grupos, que podem variar na quantidade de membros: de 2 até 30 indivíduos. Em períodos de seca, encontram-se grupos de até 100 animais. Geralmente, os grupos desses mamíferos apresentam um macho dominante, algumas fêmeas e indivíduos jovens.
As capivaras são encontrados em grupos, onde se observa um macho dominante
As capivaras, geralmente, pastam ao entardecer e alimentam-se, principalmente, de gramíneas, entretanto podem comer também plantas aquáticas. Estima-se que capivaras adultas, que apresentam cerca de 40 kg, podem consumir de 3 kg a 4 kg de gramíneas por dia.
A comunicação das capivaras ocorre, normalmente, por meio de emissão de gritos quando se sentem ameaçadas ou desejam orientar outros indivíduos. Além disso, esses animais marcam seu território, garantindo, assim, que outros grupos não entrem em seus domínios.
→ Reprodução da capivara
A capivara fêmea atinge sua maturidade sexual com cerca de 12 meses, enquanto o macho atinge maturidade entre 15 e 24 meses. Geralmente, a cópula ocorre na água, em regiões menos profundas, e a gestação da capivara fêmea dura, aproximadamente, 120 dias. Da gestação, nascem, em média, três filhotes. No Pantanal, os nascimentos ocorrem em maior quantidade no mês de fevereiro.
→ Capivaras e a febre maculosa
As capivaras podem apresentar carrapatos, por isso estão relacionadas com a febre maculosa, uma doença causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que possui como principal vetor biológico os carrapatos-estrela (Amblyomma cajennense). O carrapato contaminado, ao picar uma pessoa, pode levá-la a desenvolver a doença. Capivaras com carrapato funcionam ainda como amplificadoras da bactéria, pois, ao serem picadas por carrapatos contaminados, desenvolvem a febre maculosa sem sintomas, o que favorece a contaminação de outros carrapatos.
→ Capivara correm risco de extinção?
As capivaras são classificadas de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) na categoria de “pouco preocupantes”. Isso significa que essa espécie apresenta pouco risco de extinção. Entretanto, isso não significa que as capivaras não sofram ameaças: elas são alvo de caças por carne e couro.
Leia também: Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN