A bulimia é um transtorno alimentar e psicológico caracterizado pela grande e rápida ingestão de alimentos, muitas vezes feita de forma secreta, seguida de indução de vômito, uso de medicamentos e/ou abuso de exercícios, para evitar o aumento de peso. Embora não apresentem alto peso, essas pessoas distorcem sua autoimagem, acreditando estarem “gordas”. Assim, submetem-se a dietas rigorosas ou até mesmo a jejuns e, após certo período, cedem ao sacrifício, sendo capazes de ingerir mais de 5000 calorias em um único episódio; e continuam o ciclo...
Com manifestação mais frequente entre mulheres jovens, essas pessoas tendem a acreditar que, se conquistarem um corpo perfeito, conseguirão resolver muitos de seus problemas existenciais e do dia a dia. Diferentemente da anorexia, os acometidos pela bulimia não possuem sinais visíveis de magreza, como ossos proeminentes, sendo por esse motivo que, em muitos casos, o distúrbio é difícil de ser percebido, mesmo pela família e pessoas mais próximas.
A ocorrência desses episódios pode causar inflamações na garganta e glândulas salivares, desidratação, lesões no esmalte dos dentes, dores musculares, câimbras e, em casos mais extremos, vômitos com sangue e desequilíbrio eletrolítico. Além disso, afeta as relações interpessoais, uma vez que a pessoa acometida tende a se retrair, não se alimentar em público e elege como temas principais de suas conversas dietas, peso e boa forma.
Acredita-se que o papel da mídia em vincular a magreza como padrão de beleza e saúde contribui bastante para o quadro. Entretanto, esse não deve ser considerado o único fator responsável por tais eventos. A predisposição genética pode ser um fator que, aliado à baixa autoestima, autoexigência, assim como falta de estabilidade no ambiente familiar, podem contribuir para esse quadro.
O diagnóstico se dá a partir da análise comportamental do paciente; e o tratamento geralmente inclui acompanhamento psicoterápico, nutricional e farmacológico.