A bexiga urinária é um órgão oco e muscular que faz parte do sistema urinário e armazena temporariamente a urina proveniente do rim. Além disso, realiza o controle da micção através de transmissões nervosas que atuam em sua musculatura. Seu formato é achatado enquanto está vazia e redondo quando se enche de urina. A parede da bexiga é formada por três camadas: mucosa (interna), muscular (intermediária) e adventícia (externa). A infecção urinária, o câncer de bexiga e a incontinência urinária são as principais doenças que podem acometer esse órgão.
Leia também: Quais são os sistemas do corpo humano?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre bexiga
- 2 - O que é bexiga?
- 3 - Principais funções da bexiga
- 4 - Anatomia da bexiga
- 5 - Por que a bexiga é importante?
- 6 - Doenças relacionadas à bexiga
Resumo sobre bexiga
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A bexiga é um órgão muscular e oco que faz parte do sistema urinário.
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A principal função da bexiga é armazenar urina temporariamente.
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A bexiga é achatada quando está vazia e redonda quando cheia.
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Há três camadas que formam a parede da bexiga.
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A infecção urinária ocorre na presença de bactérias no sistema urinário.
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Quando a infecção ocorre na bexiga, chama-se cistite.
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O câncer de bexiga é mais comum em homens acima de 50 anos com histórico de tabagismo.
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A incontinência urinária é a incapacidade de reter urina voluntariamente.
O que é bexiga?
A bexiga é um órgão muscular localizado na cavidade pélvica e é um dos componentes do sistema urinário. Ela é responsável por armazenar urina temporariamente, devido à presença de esfíncteres de músculo liso, que controlam a movimentação e saída de seu conteúdo através de contrações.
Em média, a bexiga de um adulto pode armazenar de 700 a 800 ml de urina. Porém, a capacidade de armazenamento em mulheres é menor, uma vez que o útero está localizado na parte superior da bexiga, diminuindo sua capacidade de distensão. Nos homens, ela está localizada na região anterior ao reto.
Os dois ureteres recebem a urina formada pelos rins e a transportam até a bexiga, que a armazena até o momento no qual ela é expelida para fora do corpo, através da uretra.
Principais funções da bexiga
As principais funções da bexiga são o armazenamento da urina proveniente do rim e o controle da micção (eliminação da urina). A micção é resultado da combinação de uma série de transmissões nervosas e respostas dos músculos aos estímulos gerados pelo arco reflexo.
Os receptores presentes na parede interna da bexiga reconhecem o aumento de volume de urina (entre 200 e 400 ml) e transmitem impulsos através dos nervos, que desencadeiam um reflexo atuante tanto na parede da bexiga quanto nos esfíncteres. Através da contração da bexiga e relaxamento dos esfíncteres, a urina é liberada.
Anatomia da bexiga
Quando está vazia, a bexiga assume o formato achatado e, ao se encher, torna-se redonda. O peritônio, que é uma membrana que reveste o interior do abdômen, mantém a bexiga no lugar.
A bexiga é uma estrutura oca, e sua parede é formada por três camadas. A mais interna é a túnica mucosa, formada por tecido epitelial de transição com pregas, que confere elasticidade ao órgão e lâmina própria de tecido conjuntivo. Suas células são unidas por zônulas de oclusão, que inibem a passagem de substâncias entre elas, evitando o extravasamento do conteúdo interno dos órgãos para o sangue ou tecidos vizinhos.
A camada intermediária é a túnica muscular, também chamada de músculo detrusor, composta por fibras de músculo liso, que formam o esfíncter interno da uretra. Ele é responsável pelo controle involuntário da abertura e fechamento da bexiga para a uretra. O controle voluntário é feito pelo esfíncter externo, formado por tecido muscular esquelético.
A camada mais externa é a túnica adventícia, formada por tecido conjuntivo. Em homens, ainda existe a túnica serosa na parte superior da bexiga, que é uma camada do peritônio.
Por que a bexiga é importante?
A bexiga é importante pois permite que nosso corpo armazene a urina. Além disso, por conta desse órgão e da musculatura e enervação associada, é possível controlar a micção por um período limitado, até que seja conveniente eliminá-la.
Leia também: Apêndice — qual a função dessa estrutura do corpo humano?
Doenças relacionadas à bexiga
→ Infecção urinária
Ocorre quando há presença de bactérias em alguma parte do sistema urinário. Se a infecção ocorre na bexiga urinária ou chega até ela, é chamada de cistite. Os sinais dessa doença são: dor e queimação ao urinar, urgência urinária, vontade frequente de micção e até incapacidade de contê-la. Para saber mais sobre esse problema de saúde, clique aqui.
→ Câncer de bexiga
É uma doença mais comum em homens acima de 50 anos, com prognóstico favorável quando diagnosticada de forma precoce. As lesões do câncer de bexiga apresentam um baixo potencial de produzir metástases, e a maioria costuma estar no epitélio da bexiga, tornando a remoção simples durante a cirurgia. No geral, não há sintomas durante a evolução da doença. Porém, quando aparecem, costumam gerar aumento da micção e dor durante a eliminação da urina.
O câncer de bexiga está relacionado à presença de um agente indutor, como, por exemplo, tabaco. Há evidências de que a exposição a substâncias químicas da classe das aminas aromáticas pode também desencadear esse tipo de câncer.
→ Incontinência urinária
Essa doença ocorre quando a pessoa não consegue reter a urina na bexiga urinária, eliminando-a de forma involuntária durante um momento de esforço (como ao tossir) ou de forma súbita. É mais comum em mulheres, já que apresentam a uretra menor do que os homens.
A incontinência pode ser temporária ou permanente. No primeiro caso, normalmente está relacionada com questões psicológicas e emocionais. Em adultos, a incontinência permanente pode ter várias causas, entre elas o trauma neurológico e enfraquecimento da musculatura pélvica. Portanto, o fortalecimento dessa musculatura ao longo da vida é uma importante forma de prevenir a incontinência urinária. Para saber mais sobre essa doença, clique aqui.
Fontes
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1216 p.
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VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 900 p.
VARELLA BRUNA, M. H. Incontinência urinária. Drauzio Varella, [s.d.]. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/incontinencia-urinaria/.