Ascaridiase

A ascaridíase é uma das principais parasitoses intestinais do mundo e é provocada pelo nematódeo Ascaris lumbricoides.

O Ascaris lumbricoides provoca a ascaridíase
O Ascaris lumbricoides provoca a ascaridíase

A ascaridíase é uma doença que acomete pessoas em todo o planeta e é considerada a parasitose intestinal de maior prevalência no mundo. Ela é provocada pelo Ascaris lumbricoides, um nematódeo, conhecido popularmente como lombriga, de cor leitosa que se abriga no intestino delgado do hospedeiro, onde se alimenta do conteúdo intestinal em processo de digestão.

Os A. lumbricoides são vermes cilíndricos que apresentam dismorfismo sexual, sendo o macho menor que a fêmea e com a porção final do corpo encurvada. De uma maneira geral, o macho possui entre 20 a 30 centímetros e a fêmea possui tamanho entre 30 a 40 centímetros. Os ovos são arredondados, apresentando casca espessa e rugosa.

A transmissão da doença ocorre a partir da ingestão de ovos infectantes que podem estar na água ou em alimentos contaminados. Um fato interessante diz respeito à contaminação dos alimentos através da poeira e insetos, que podem ser veículo para a transmissão de ovos.

Após os ovos entrarem no organismo humano, eles seguem pelo tubo digestório até o intestino, onde eclodem. As larvas liberadas saem do intestino e migram pelos vasos ou peritônio até atingirem os pulmões. No pulmão, inicia-se a perfuração dos alvéolos e a entrada no sistema respiratório. Essas larvas migram até atingir a faringe, onde são deglutidas e retornam ao intestino. Ao chegar a esse local, o A. lumbricoides está completamente maduro e pronto para acasalar. Ao defecar, o homem elimina com as fezes os ovos, que são responsáveis por novas infecções.

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Os sintomas da ascaridíase variam de paciente para paciente, dependendo principalmente do número de parasitos existentes no trato gastrointestinal. De uma maneira geral, a infecção é assintomática, ocasionando sintomas apenas em casos onde há muitos nematódeos, que podem, inclusive, provocar o bloqueio do intestino delgado. Dentre os sintomas mais comuns, destacam-se dores no abdômen, enjoo, vômitos, diarreias, anemia e emagrecimento. Podem aparecer também sintomas alérgicos (asma) quando a larva atinge o sistema respiratório durante seu trajeto, além de peritonites, pancreatites e hepatites em consequência da migração de parasitos adultos.

A realização do diagnóstico é feita através de métodos laboratoriais, com a análise dos exames de fezes do paciente. Algumas vezes a doença cura-se de maneira espontânea, entretanto, pode ser necessário o uso de anti-hemínticos, tais como mebendazol e albendazol.

Como forma de prevenir-se da doença, é importante investir em saneamento básico e na educação sanitária. Além disso, o doente deve ser tratado para evitar a contaminação de novas pessoas e é necessário ter bastante cuidado ao preparar os alimentos e acondicioná-los, uma vez que a poeira e insetos podem levar os ovos do nematódeo.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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