A ansiedade se apresenta como um conjunto de sintomas desagradáveis, como sentimento de apreensão, palpitações, transpiração, falta de ar, dor de cabeça, pulsações fortes, dor no estômago e frio na espinha; frente a uma situação potencialmente danosa. Esses sintomas típicos são desencadeados pela excessiva excitação do Sistema Nervoso Central, liberando noradrenalina: algo que ocorre frequentemente em situações em que é necessária uma reação rápida, como de fuga ou enfrentamento.
Tal quadro é uma estratégia que nosso organismo desenvolveu, que permite com que tomemos as medidas necessárias para evitar problemas, ou pelo menos reduzir esse risco. Por isso nos sentimos ansiosos em situações inesperadas e/ou desconhecidas; ou em sua iminência.
No entanto, há situações nas quais as pessoas se sentem ansiosas constantemente, mesmo frente a circunstâncias cuja probabilidade de algo dar errado é muito pequena. Assim, vivem preocupadas, tensas, com dificuldade de relaxar e, não raras as vezes, nervosas. Assim, ao invés de funcionar como uma reação natural e positiva, esse quadro acaba por atrapalhar a pessoa, primeiramente por fornecer sensações desagraváveis, e também por muitas vezes não permitir com que se analise a situação de forma mais realista, optando por atitudes mais sensatas. Nesses casos, se trata da ansiedade generalizada.
Na verdade, a ansiedade é muito parecida com o medo; e muitas vezes até se apresentam como a mesma coisa. A diferença básica está no fato de que o medo se refere ao receio de lidar com algo real; enquanto a ansiedade pode se manifestar em situações mais subjetivas.
A ansiedade generalizada costuma se manifestar de forma duradoura, não raramente ultrapassando seis meses. Ela geralmente é desencadeada em pessoas que possuem traumas de infância, naquelas que passaram por grandes sustos, tiveram perdas significativas, ou mesmo em indivíduos inseguros, ou que possuem parentes próximos com esse mesmo problema. Além disso, é mais frequente em mulheres do que em homens (20% e 8%, respectivamente), possivelmente em virtude de questões hormonais e do modelo machista de sociedade em que vivemos, estabelecendo padrões de comportamento muitas vezes contraditórios e até mesmo frustrantes.
Considerando o exposto, é importante que a pessoa que apresente quadros ansiosos que prejudicam seu cotidiano busque ajuda profissional. Em casos mais leves, é recomendado somente o acompanhamento psicoterápico; e em situações mais significativas, o médico também poderá prescrever remédios específicos para tal. A prática de atividades físicas, principalmente aquelas que também envolvem a mente, como ioga, meditação e relaxamento; também pode ser bastante favorável no controle desses sintomas.