O aneurisma é uma dilatação anormal que ocorre na parede de uma artéria graças ao seu enfraquecimento. Ele apresenta-se como uma bolsa cheia de sangue que, em casos mais graves, pode se romper, causando hemorragias e até mesmo a morte. O aneurisma é mais comum em pessoas com idade superior a 40 anos, normalmente entre 50 e 60 anos, entretanto pode acometer jovens.
O aneurisma cerebral caracteriza-se pela formação de uma bolha na parede de uma artéria responsável pela irrigação do cérebro. Geralmente assintomático, ele normalmente só é descoberto em episódios de hemorragias. Muitas vezes, esses casos são tão intensos que podem levar a óbito em questão de minutos, dificultando assim o socorro das vítimas que podem morrer antes mesmo de chegarem ao hospital.
Quando ocorre o rompimento do aneurisma, o paciente sente dor de cabeça súbita, muito intensa e, algumas vezes, associada a episódios de vômito. Alguns pacientes podem ter convulsões e perda de consciência. Na emergência, normalmente não são identificadas as causas desses sintomas, sendo interpretados como simples enxaquecas. O rompimento leva a uma hemorragia que recebe o nome de hemorragia subaracnóidea (HSA).
O diagnóstico de aneurismas cerebrais pode ser feito através de diversas técnicas. O método padrão para esse diagnóstico é o uso da angiografia cerebral, um exame criado em 1972, mas ainda hoje muito eficaz. Além desse exame, podemos contar ainda com métodos mais modernos como a angiotomografia tridimensional e a angioressonância magnética.
Depois de diagnosticado, o aneurisma precisa ser tratado. A cirurgia é o método mais convencional, sendo feita uma abertura do crânio e uma espécie de clip metálico é colocada. Com esse procedimento, o aneurisma fica isolado do restante da circulação sanguínea. Lembre-se sempre de que eles podem ocorrer em outros locais e a cirurgia não garante, assim, que novos aneurismas não possam surgir.
Outra técnica usada no tratamento é a embolização endovascular, realizada através de cateterismo. Ela baseia-se na colocação de molas no interior do aneurisma, impedindo assim a entrada de sangue e uma possível ruptura do aneurisma. Normalmente o paciente fica internado por dois dias.
O método de tratamento mais indicado deverá ser analisado pelo médico responsável.
Alguns fatores que favorecem o surgimento de aneurisma são: fumo, pressão alta, uso de anticoncepcional oral e casos de aneurisma na família. Além desses fatores, algumas doenças favorecem o seu aparecimento, como doença renal policística e síndromes de Marfan e Ehler Danlos. O aneurisma também pode surgir em virtude de uma causa traumática, como um acidente.
É importante estar atento quando você se encaixa nos grupos de risco. Exames periódicos são a chave para a diminuição das possíveis complicações de diversas doenças. Procure sempre seu médico para exames de rotina.