Dicas de Redação

Escrever bem é meio-caminho para passar no vestibular

Se fazer a prova do vestibular já é difícil, imagina a redação... É fato que o Brasil tem grandes problemas relacionados à falta de leitura e como diz a regrinha, “quem não lê muito, não sabe escrever bem”. Mas tendo lido muito ou não, neste texto você encontra algumas dicas valiosas para não ir parar na lista de “pérolas” das redações dos vestibulares.

Temos direito à liberdade de comunicação, mas é preciso ter consciência de que a linguagem deve ser adequada de acordo com o ambiente. Você não vai dizer “e aí véi, massa?” numa entrevista de emprego. O mesmo deve acontecer na hora de escrever a redação, é preciso considerar o seu corretor como um profissional da língua portuguesa. Existe liberdade, sim, na hora de escrever, mas deve-se ter cuidado para não abusar da paciência dos examinadores do vestibular. Anote aí o que não fazer na hora de redigir seu texto:

Ortografia – escrever bem é vantagem, mas escrever certo é obrigação. Somente com o hábito de consultar o dicionário a cada vez que pintar uma dúvida é que você vai conseguir fixar na mente a grafia correta das palavras. A ortografia é o carro-chefe da sua redação e já deixa claro para o corretor se o que vem pela frente é bomba ou obra-de-arte. Por exemplo, você comeria num restaurante que serve “comidinhas brasileiras típicas do Brazil”? Eu, não, e nem seu corretor.

Modismos – os modismos lingüísticos vêm e vão na língua portuguesa, assim como as gírias que, muitas das vezes, se tornam obsoletas. O problema é que a maioria desses modismos fere os princípios da Santa Gramática. O “a nível de” é tão comum que muita gente pensa que essa expressão está correta e, que fique claro, não está. Pior são os gerundismos que irritam só de ouvir, ler repetidas vezes então, é insuportável. E a palavra coisa? Substitui qualquer coisa e não diz coisa alguma. Em alguns casos vira verbo (coisificar) e em outras, substantivo (coisíssima).

Estrangeirismos – aqui está presente um problema cultural. Os brasileiros têm a mania de adicionar ao seu vocabulário palavras estrangeiras (que muitas vezes têm equivalentes em português) como se isso fosse sinônimo de status social ou intelectual. Delivery, shopping, hot dog, blackout, stress, deletar, scanear, ranking, show, marketing, soccer. Essas e muitas outras palavras ou foram incorporadas em nosso idioma ou “aportuguesadas” no caso de não haver equivalentes. Evite o quanto puder.

Conexões mal-feitas – as conjunções e os pronomes têm efeitos importantíssimos para a construção de frases e, portanto, textos. Saber o significado de cada um deles é essencial para empregá-los de forma correta e produzir no seu texto a interpretação que você deseja repassar. O mau emprego desses elementos conectivos pode provocar efeitos de adição quando se quer excluir ou de oposição quando se quer confirmar. Exemplos: mas (porém, contudo, todavia), mais (junto, com, também), outrossim (além disso), posto que (embora), à medida que (porque, na medida em que).

Superlativos – aqui devem ser observados o bom senso e a humildade. Se não sabe como se escreve, então não escreva. Não vá tentar impressionar o seu corretor com um vocabulário que você não domina.

Agora que você já está por dentro dos erros que os corretores de banca consideram imperdoáveis, arregace as mangas e comece a ler bastante. Depois disso, treine escrevendo textos todas as semanas e peça para que alguém os leia para ter a certeza de que conseguiu passar a mensagem que deseja. O segredo para um bom texto é treinar sempre.

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Por: PrePara Enem

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