Movimentos sociais

Os movimentos sociais representam as manifestações de aspirações de grupos organizados que buscam representação no meio político de um governo.

Protestos são uma das formas de tentativa de intervenção política que os movimentos sociais utilizam.

Movimentos sociais são a forma de intervenção política direta que os grupos minoritários, que têm representação pequena ou prejudicada no contexto político, possuem para exigir a manutenção de seus direitos.

O sociólogo francês Alain Touraine entende que os movimentos sociais estão diretamente conectados aos embates sociais e políticos de uma sociedade. Para ele, os conflitos sociais são característicos do Estado moderno, permeado por disputas políticas de caráter individualista e pela desigualdade social. Essa desigualdade transforma-se em segregação social, cultural e econômica, fatalmente limitando as formas de atuação civil de grupos em situação fragilizada.

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Objetivos dos movimentos sociais

Nessa perspectiva, os movimentos sociais são corpos políticos que possuem força de representação dos anseios de grupos minoritários que não dispõem de representação institucional satisfatória. Os movimentos sociais tornam-se, portanto, uma ferramenta que torna possível a interpelação direta das instituições políticas de um Estado por grupos organizados e com revindicações específicas. Esses grupos buscam atuar com o objetivo de produzir pressão direta ou indireta no corpo político de um Estado, utilizando para isso diversas formas de ação, como denúncia, passeatas, marchas, greves, boicotes etc.

Como os pensadores entendem os movimentos sociais

Teoricamente, existem autores que identificam nos movimentos sociais duas formas distintas de manifestação popular. Para autores como Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, os movimentos sociais são fenômenos racionais, em que os sujeitos aglomeram-se voluntariamente em torno de uma causa ou ideia comum para mudar um paradigma ou defender um direto, como já dito acima.

Outros, como Le Bon, Tarde e Ortega y Gasset, enxergam na manifestação popular a irrupção da irracionalidade, uma espécie de rompimento da ordem estabelecida. Esses autores citados também veem alguns pontos em comum entre os movimentos sociais: eles representam a manifestação pelo desejo de mudança de algum aspecto social e simbolizam a existência de uma tensão social a respeito de algum ponto de seu meio de convivência ou de sua condição.

Norberto Bobbio, em seu dicionário de política, clarifica que “os movimentos sociais constituem tentativas, fundadas num conjunto de valores comuns, destinadas a definir as formas de ação social e a influir nos seus resultados”. Isso quer dizer que grupos que se organizam em torno de um conjunto de ideias ou reivindicações, ao se aglomerarem na formação de um corpo voltado para a ação, são entendidos como os que compõem os movimentos sociais.

O sociólogo francês Alain Touraine entende que os movimentos sociais estão diretamente conectados aos embates sociais e políticos de uma sociedade. Para ele, os conflitos sociais são característicos do Estado moderno, permeado por disputas políticas de caráter individualista e pela desigualdade social. Essa desigualdade transforma-se em segregação social, cultural e econômica, fatalmente limitando as formas de atuação civil de grupos em situação fragilizada.

Por: Lucas de Oliveira Rodrigues

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