Os sete pecados capitais são atitudes pecaminosas que dão origem a todos os outros pecados. Acredita-se que, por meio deles, os humanos ficam mais longe de Deus.
Os sete pecados capitais são vícios e transgressões humanas que dão origem a outros pecados, de acordo com algumas religiões. Com isso, os pecados capitais seriam atitudes que afastariam o ser humano de Deus. São eles:
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luxúria;
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soberba;
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preguiça;
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inveja;
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gula;
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avareza;
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ira.
Apesar de comumente ligados à Igreja Católica, os setes pecados capitais não tiveram origem no cristianismo e não estão presentes na Bíblia. No entanto, os pecados foram adotados pela Igreja como forma de facilitar a difusão dos dogmas entre seus seguidores, assim como reforçar o cumprimento aos Dez Mandamentos.
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Quais são os sete pecados capitais?
Os sete pecados capitais são atitudes que levam o ser humano a cometer infrações (pecar). Apesar de serem listados separadamente, é comum que eles se correlacionem em seus significados.
Veja a seguir quais são os sete pecados capitais.
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Luxúria: popularmente relacionada à busca excessiva pelo sexo, também é um pecado ligado à paixão pelo poder e pelo dinheiro, de acordo com a perspectiva de São Tomás de Aquino. A luxúria é se deixar dominar pelas paixões.
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Soberba: também conhecida como vaidade, está relacionada ao sentimento de superioridade. É o orgulho em excesso, o narcisismo.
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Preguiça: é vista como pecado por gerar a procrastinação, a apatia, o desleixo. Uma polêmica de tal pecado está na sua origem, já que na época estava também ligada à melancolia (incluindo doenças como depressão).
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Inveja: é o desejo excessivo por tudo o que outra pessoa tem ou conquista. A pessoa invejosa ignora seus próprios bens e cobiça uma vida que não é sua.
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Gula: o significado mais comum da gula é o consumo exagerado de comida e bebida. O termo vem do latim gluttire (devorar, engolir às pressas). Após séculos, ganhou também o significado de cobiça, por ter sempre mais, mas não se sentir satisfeito.
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Avareza: excesso de apego a bens materiais. Popularmente, pode-se considerar como avarento um indivíduo “pão-duro”. A ganância também é uma característica da avareza, já que a pessoa pode fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja (atitudes boas ou ruins).
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Ira: é a raiva, a demonstração do ódio e o desejo de fazer o mal para algo ou alguém. É o pecado responsável pelos conflitos humanos ao longo da história.
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Origem e história dos sete pecados capitais
A primeira lista que remonta aos pecados capitais conhecidos hoje foi definida pelo monge grego Evagrius Ponticus (345-399), no século IV. Evagrius era asceta, ou seja, pertencia ao ascetismo, estilo de vida que abolia os prazeres mundanos e as chamadas tentações. Ele se dedicava a disciplinar corpo e mente, bem como ao trabalho espiritual.
Evagrius escreveu o livro Origens Sagradas de Coisas Profundas, no qual listou as tentações que corrompiam as pessoas e que deveriam ser evitadas. A obra trouxe como pecados gula, fornicação, avareza, descrença, ira, desencorajamento, vanglória e soberba.
No ano de 590, o Papa Gregório (540-604) fez sua lista de pecados e os nomeou como capitais, do latim “caput” (cabeça, chefe, líder). A configuração dos pecados capitais definida por ele ficou conhecida por mais de 600 anos.
Na lista do Papa Gregório, descrença e desencorajamento se tornaram um só pecado (preguiça). Já vanglória e soberba tornaram-se somente soberba, adquirindo como significado a união do orgulho, vanglória e vaidade. A “fornicação” foi excluída da lista de pecados, que passou a ter “inveja” e “extravagância”.
Em 1273, a Suma Teológica de São Tomás de Aquino fez a revisão dos pecados listados pelo Papa Gregório e os classificou novamente. Tal reclassificação resultou na lista dos atuais sete pecados capitais: luxúria, soberba (vaidade), preguiça, inveja, gula, avareza e ira (raiva).
Sete círculos
Dante Alighieri, na obra A Divina Comédia, popularizou os pecados capitais em forma de entretenimento. O escritor os definiu como os sete círculos. Os pecados menos graves estavam mais próximos de Deus, enquanto os piores se aproximavam ao diabo.
A Divina Comédia se divide em Céu, Purgatório e Inferno. É no Purgatório que o personagem principal encontra os sete círculos, ou seja, os pecados capitais. Os pecados são atitudes contra Deus e para cada círculo existe um.
Sete virtudes
Em oposição aos pecados capitais, estão as virtudes. Cada atitude maléfica tem uma versão considerada boa.
Ira → Paciência
Inveja → Caridade
Preguiça → Diligência
Gula → Temperança
Soberba → Humildade
Luxúria → Castidade
Avareza → Generosidade
As sete virtudes capitais foram difundidas na Europa durante a Idade Média, inspiradas em um poema épico escrito pelo poeta cristão Aurélio Clemente Prudêncio, no século IV.