Ao longo dos anos, os cientistas foram descobrindo inúmeras substâncias e passaram a estudar suas propriedades e possíveis utilizações. Mas, como a quantidade de substâncias descobertas foi aumentando cada vez mais, os químicos decidiram dividi-las em grupos para que seu estudo se tornasse mais fácil e organizado.
Assim, uma classificação fundamental das substâncias químicas é que elas podem ser inorgânicas ou orgânicas. Essa classificação surgiu na metade do século XVIII e dizia o seguinte:
Segundo esse conceito, o termo “orgânico” era usado porque essas substâncias só eram produzidas por “organismos vivos”. Isso se baseava na teoria da força vital, prosposta pelo química sueco Jöns Jacob Berzelius (1779-1848), que dizia que dentro das células dos organismos vivos havia uma espécia de força que era necessária para produzir as substâncias orgânicas, tais como carboidratos, amidos, açúcares, proteínas etc. Ele ainda dizia que o ser humano jamais conseguiria reproduzir em laboratório essa força vital.
Jöns Jacob Berzelius (1779-1848)
Porém, essa teoria caiu por terra quando Friedrich Wöhler (1800-1882) conseguiu produzir pela primeira vez em laboratório a ureia, que é um composto orgânico, por meio do aquecimento do cianato de amônio.
Friedrich Wöhler (1800-1882)
Com isso, o conceito de substâncias inorgânicas e orgânicas mudou e, atualmente, temos a seguinte definição:
Com isso, surgiram dois ramos importantes de estudo da Química, a Química Inorgânica e a Química Orgânica, que também são subdivididas em outros grupos. Veja:
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