Conforme explanado no texto “Polímeros: Poluição e Lixo”, o grande aumento da utilização de plásticos nos produtos e em suas embalagens tem gerado montanhas de lixo. Estima-se que no Brasil o consumo anual de plásticos gira em torno de 19 kg por habitante, ou seja, se são 19,5 milhões de habitantes, então temos um consumo total de 3 638, 5 mil toneladas de lixo por ano.
Para se ter uma ideia, todos os dias, milhares de computadores e equipamentos periféricos como o teclado, o mouse, o monitor e a impressora, são jogados no lixo, acumulando-se em aterros sanitários, contaminado o solo, os rios e os lençóis subterrâneos com seus metais pesados. No entanto, cerca de 90% dos materiais empregados na fabricação de aparelhos de informática podem ser reciclados.
Assim, a reciclagem é de suma importância para ajudar a solucionar, ou pelo menos minimizar, o problema do lixo no Brasil e no mundo. Para tornar a separação dos plásticos para a reciclagem mais fácil, a Sociedade da Indústria de Plásticos (SPI, sigla em inglês) adotou, em 1988, uma nomenclatura de códigos para os plásticos.
Adotou-se também um conjunto de símbolos que são registrados nas embalagens e nos recipientes plásticos que indicam o material de que é feito o objeto e, portanto, quais produtos podem ser obtidos na sua reciclagem.
Observando dessa forma os símbolos das embalagens ou objetos, você pode identificar de que polímero ele foi produzido e saber se ele é reciclável.
Mas, você sabe interpretar esses símbolos internacionais?*
Todos os símbolos são constituídos de um número no centro de um triângulo feito com setas. Entenda esse código por meio da tabela abaixo:
Note que todos os produtos obtidos por meio da reciclagem desses plásticos são produtos que não podem entrar em contato com alimentos.
Entretanto, não basta os símbolos para que a reciclagem dos plásticos funcione e o problema ambiental do lixo diminua. É preciso que a população tome conhecimento desses mecanismos e que as indústrias e governos apoiem, promovendo ações de conscientização e programas de coleta seletiva.
Por exemplo, atualmente no Brasil, apenas 2% do lixo é reciclado e 3% é transformado em adubo. Segundo o IBGE de 2000, das 5500 cidades brasileiras, apenas 451 dispõem de coleta seletiva e 352 realizam reciclagem. Sendo que a região sudeste é a que fornece o maior exemplo para o restante do país, pois compreende o maior número de municípios atendidos por esse serviço. Nessa região, 8,4% dos munícipios possuem serviço de coleta seletiva e 6,9% têm postos de reciclagem.
*Esse código é diferente na Alemanha, onde a numeração vai de 1 até 8, e a distinção está no número 7, que indica os materiais feitos de ABS (copolímero termoplástico nobre formado por três monômeros: acrilonitrila (A), but-1,3-dieno (B) e estireno (S)).