Os sais orgânicos derivados de ácidos carboxílicos são obtidos através de reações de neutralização, também denominadas salificação. Nesse tipo de reação, um ácido, que no caso é o ácido carboxílico, reage com uma base, originando sal e água. Observe o exemplo genérico abaixo:
Observe que um ânion, proveniente do ácido carboxílico, une-se a um cátion metálico ou amônio (NH4+), fornecido pela base. Assim, o grupo funcional que distingue os sais derivados de ácidos carboxílicos é exatamente o ânion carboxilato:
O ácido carboxílico pode se regenerar em meio aquoso, visto que esses sais são iônicos e, na presença de água, sofrem hidrólise.
Nomenclatura:
A nomenclatura dos sais derivados de ácidos carboxílicos é feita a partir do nome do ânion, mudando a terminação ico do ácido carboxílico correspondente por ato. Posteriormente, usa-se o seguinte esquema:
Veja o exemplo abaixo de como isso se aplica:
Usos e aplicações:
Esses sais estão presentes principalmente na fabricação de sabões, como o esteroato de sódio e o oleato de potássio.
Estão presentes também em medicamentos, aditivos alimentares, soluções fotográficas, fixadores de corantes de tecidos, tingimentos de couros, entre outros.
Antigamente alguns tipos de produtos utilizados para devolver a cor gradual dos cabelos eram soluções incolores de acetato de chumbo (Pb(H3CCOO)2), que é um sal orgânico. Ao entrar em contato com o cabelo, ele desprende o íon chumbo Pb2+, que reage com o enxofre das proteínas dos fios de cabelo, produzindo uma substância de cor preta, que é o sulfeto de chumbo II (PbS).
Porém, hoje só é permitido até 20 ppm de chumbo (m/m) na composição dessas tinturas capilares, pois o acúmulo de chumbo no organismo origina graves problemas à saúde, como o saturnismo, alterações neurológicas e do sistema reprodutor.