Polímeros de Rearranjo

Estrutura molecular de uma partícula de poliuretano, o principal polímero de rearranjo

Os polímeros de rearranjo são um tipo especial de polímeros de condensação, cuja diferença consiste no fato de que os monômeros que formarão o polímero sofrerão rearranjo em suas estruturas, na medida em que ocorrer a polimerização.

O exemplo mais comum desse tipo de polímero é o poliuretano (PU), usado para a confecção de espumas diversas, desde espumas flexíveis para colchões, até espumas rígidas para aplicação técnica.

Na fabricação dos poliuretanos, utilizam-se principalmente di ou poli-isocianatos e os compostos de poliol. No mercado, são encontrados diversos tipos de isocianatos alifáticos e aromáticos. Mas nas indústrias a reação de polimerização mais comum se dá por meio da condensação entre o di-isocianato de parafenileno e o 1,2-etanodio (etilenoglicol). Apesar de ser considerado um tipo de polímero de condensação, sua formação não libera nenhuma molécula.

Note que nesse tipo de reação usam-se catalisadores apropriados (substâncias capazes de aumentar a velocidade da reação sem participar nelas) e também surfactantes (substâncias  que promovem a mistura de reagentes pouco miscíveis), com o objetivo de controlar a velocidade da reação de polimerização e o tamanho das células.

Algumas aplicações do poliuretano são: espumas flexíveis e rígidas, fibras, vedações, preservativos, assentos para automóveis, isolante térmico de paredes de refrigeradores, carpetes, calçados, peças de plástico rígido, aglutinantes de combustível de foguete, revestimentos internos de roupas, é usado em peças de móveis e molduras.

Os poliuretanos também foram usados em Hollywood, para a confecção da pele de animais e monstros dos filmes.

Outro destaque é que o poliuretano derivado do óleo de mamona é utilizado na área médica como biomaterial. Ele é usado como cimento ósseo para implantes de próteses e reparador de perdas ósseas. O que se observa é que o osso se regenera, pois o organis­mo consegue substituir o polímero por células ósseas.  

Se durante a formação de um poliuretano for usado um gás, é possível causar a sua expansão, dando origem a uma espuma, cuja dureza pode ser controlada.

Por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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