Os inibidores de catalisador são substâncias que têm o efeito contrário ao dos catalisadores, ou seja, diminuem a velocidade de determinadas reações químicas.
Os catalisadores são substâncias capazes de aumentar a velocidade de uma reação sem serem consumidos nela. Eles são muito importantes para aplicações industriais em que se deseja acelerar reações que demoram muito para processar-se e que tornariam o processo de produção inviável.
Os inibidores de catalisador, por outro lado, são substâncias que diminuem a velocidade de determinadas reações químicas. Um inibidor de catalisador tem exatamente o efeito contrário ao de um catalisador, ou seja, o catalisador aumenta a rapidez da reação porque ele muda o mecanismo no qual ela se processa, formando um “caminho” alternativo para que a reação ocorra com uma energia de ativação menor.
A energia de ativação é a energia mínima que os reagentes precisam ter para que a reação ocorra, isto é, funciona como uma barreira energética. Assim, como o catalisador diminui a energia de ativação da reação, essa barreira torna-se menor e a reação ocorre com maior facilidade e velocidade.
Já os inibidores de catalizador realizam o processo contrário. Eles aumentam a energia de ativação da reação, tornando mais difícil a sua realização, por isso, ela ocorre mais lentamente.
Essa ação dos inibidores de catalisador também é essencial para as indústrias químicas. Existem, por exemplo, algumas reações em que é preferível que elas ocorram com menor velocidade. É o caso de reações de decomposição de alimentos, de cosméticos, de remédios, entre outros produtos.
Entre as substâncias mais usadas para conservar cosméticos, tais como xampus, hidratantes, cremes de barbear, lubrificantes, entre outros, estão os parabenos — uma classe de compostos que possui em sua estrutura o seguinte grupo funcional:
Grupo funcional presente em todos os parabenos
“R” corresponde a algum grupo alquila, como metil, etil, propil e butil:
Exemplos de parabenos
Os parabenos tornaram-se alvo de polêmicas quando um estudo científico londrino afirmou ter encontrado altas concentrações de parabenos em tecidos retirados de tumores mamários em mulheres e que a origem dessas altas concentrações seria os desodorantes antitranspirantes.
Outras pesquisas foram feitas e até o momento nenhum estudo realmente idôneo e com comprovação científica confirmou que essas substâncias não são seguras para uso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) disse que os parabenos são empregados nos cosméticos em concentrações de limite estabelecidas na RDC nº162/01 e que o seu uso como conservante é “necessário como garantia de segurança de uso desses produtos, protegendo o consumidor de contaminações”.
Mas se você prefere prevenir-se, já existem no mercado produtos cosméticos que não utilizam parabenos.