As reações nucleares são uma maneira de produzir energia. Geralmente, a energia nuclear é proveniente de reações fissão com efeito em cadeia de modo controlado.
Esse tipo de geração de energia causa inúmeras controvérsias, pois de um lado ela constitui uma alternativa para suprir as demandas energéticas das sociedades modernas que crescem cada vez mais. Por exemplo, alguns países não dispõem de recursos energéticos suficientes para produzir a energia elétrica necessária, tais como os recursos hídricos.
Além disso, a energia nuclear tem outras vantagens, duas delas são:
- Grande quantidade de energia gerada;
- As usinas termonucleares são vistas, em termos comparativos, como fonte barata e limpa de energia.
No entanto, devido aos diferentes tipos de radiações emitidas nesse processo e aos riscos de acidentes radioativos com proporções catastróficas, muitos se posicionam contra esse tipo de energia.
Ainda assim, vários países decidiram optar pela energia nuclear, entre eles o Brasil. Essa opção torna-se ainda mais atraente quando consideramos que o Brasil possui a 6ª maior reserva de urânio no mundo, assegurando-nos, desse modo, independência no suprimento do combustível.
No Brasil, temos a Usina de Angra dos Reis, situada no estado do Rio de Janeiro. A escolha desse local como sede se deve à proximidade com os grandes centros consumidores de energia do país, que são Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Além disso, devido ao mecanismo de funcionamento dessas usinas, elas precisam se situar próximo a fontes hídricas, como rios, lagos ou mares.
Temos dois reatores em funcionamento no complexo nuclear de Angra dos Reis, o reator de Angra I e o de Angra II (o de Angra III ainda está sendo construído, a obra reiniciou em 2010), que representam 2% da energia elétrica nacional.
O reator de Angra I (657 MW) foi instituído no dia 1º de abril de 1982, mas devido a problemas em sistemas, equipamentos e com a empresa fornecedora da tecnologia, ela só entrou em operação comercial no ano de 1985. Com o tempo, ela foi se aperfeiçoando e em 2011 a usina gerou 4.654.487 MWh. Sua área de ocupação é de 37.918,35 m².
Já o início da construção propriamente dita de Angra II (1350 MW) se deu em setembro de 1981, ocupando uma área de 93.802,74 m2, e começou a operar comercialmente no dia 1º de fevereiro de 2001.
Os reatores de Angra I e II são do tipo PWR (sigla que vem do inglês Pressurized Water Reastor, que significa Reator de Água Pressurizada). A seguir temos uma imagem dos reatores em Angra, sendo que o recipiente de contenção (carcaça de aço que envolve o vaso de aço e o gerador de vapor) de Angra I é oval e de Angra II é esférico.
Vista da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil.
Titular dos direitos autorais desta obra: Rodrigo Soldon
Fonte: Flickr
A participação do Brasil na produção de energia elétrica é pequena em comparação com a de outros países, sendo que, em 2010, ela foi responsável por 1% da geração de energia por fonte nuclear no mundo.
Essa fonte de energia ainda não é expressiva no Brasil porque o país possui muitos recursos energéticos que ainda não foram aproveitados. Mas o Brasil objetiva, principalmente, dominar a tecnologia da geração de energia nuclear, em vista também da sua importância para a segurança nacional e para o futuro do país.
Resumidamente, temos que a condição atual da Energia Nuclear no Brasil é:
Os planos de diversificação da matriz elétrica brasileira (conforme dados da EPE) preveem a construção de 4 a 8 usinas nucleares no Nordeste e no Sudeste do Brasil até 2030. Escolhas de sítios, tipos de reator e outras questões estão em estudos no país por intermédio da Eletrobrás Eletronuclear e da EPE.