De onde vem o hélio para encher balões?

De onde será que vem o gás hélio colocado em cilindros para encher balões de festas infantis?

O nome Hélio vem do grego helios, que significa “sol”, isso porque esse elemento foi descoberto pela primeira vez no Sol. Ele é o segundo elemento mais leve e mais abundante no Universo, ficando atrás do elemento hidrogênio nessas duas categorias.

Ele foi descoberto no Sol, em 1868, quando Pierre-Jules-César Janssen percebeu uma linha espectral amarela nova que era diferente da do hidrogênio e de qualquer outro elemento conhecido até então no planeta Terra. Assim, o astrônomo inglês Norman Lockyer deu o nome de hélio para o elemento que permaneceu por 25 anos sem ser descoberto aqui na Terra. Até que, em 1895, William Ramsay estudava os gases produzidos pelo tratamento de cleveita (minério de urânio) com ácidos, e um dos gases obtidos foi enviado para William Crookes e para Lockyer. Este logo viu que se tratava do gás hélio. Simultaneamente, na Suíça, Per Cleve e seu aluno Nils Abraham Langlet também descobriram que esse gás se tratava do hélio, e todos eles são considerados os descobridores do He.

Algumas propriedades desse elemento estão descritas no quadro a seguir:

Esse gás é bastante utilizado principalmente para encher balões de borracha que animam festas infantis e balões que levam publicidade, mas existem outras finalidade muito mais importantes para esse gás, como as mostradas abaixo:

  • Para aumentar a pressão de combustíveis de foguetes;
  • Como refrigerador;
  • Para facilitar a respiração em mergulhos aquáticos em grandes profundidades;
  • Usado em mistura com oxigênio para tratamento de asma, pois assim se reduz o esforço muscular da respiração;
  • Substitui o ar no equipamento que fabrica cabos de fibras ópticas;
  • Empregado também em ressonância nuclear magnética;
  • Em espectroscopia de massa;
  • Em produção de chips de computador;
  • Visto que não é inflamável nem tóxico, ele cria ambientes livres de fagulha para trabalhos complexos com soldas;
  • É usado para verificar se há vazamentos em equipamentos de laboratório;
  • Preenche os equipamentos de vigilância flutuantes para observar mísseis de baixaaltitude ou traficantes de drogas, entre outras utilidades.

No entanto, apesar do hélio ser bastante abundante no universo, constituindo 23% em massa do universo visível, ele é raro na Terra, constituindo apenas 0,000001% da massa do planeta.

  • Mas se há tão pouco gás hélio em nosso planeta, como é possível que ele seja tão utilizado?
  • Onde conseguimos hélio para encher balões de tantas festas que ocorrem em todo o mundo?

Bom, o hélio está presente na atmosfera terrestre, em minerais radioativos e em fontes de água mineral, porém em pequena quantidade. Na atmosfera, por exemplo, estima-se que há 470 trilhões de m3, porém esse gás está em uma concentração muito pequena, isto é, suas partículas estão tão distantes umas das outras, ou tão dispersas, que é inviável separar esse gás.

Quantidades bem maiores de hélio aparecem nas reservas de gás natural. O Brasil não produz hélio, mas essas fontes encontram-se nos Estados Unidos, no Canadá, na África do Sul e no Deserto do Saara.

Antes de ser usado, esse hélio passa primeiro por um processo no qual ele é separado do gás natural. Isso é feito através da liquefação dos outros componentes à baixa temperatura e sobre pressão alta, o que faz com que a mistura de gases contenha cerca de 90% de gás hélio. Depois, essa mistura é passada pelo carvão ativado supercongelado, onde os outros gases são absorvidos, restando apenas o hélio puro.

No entanto, essa fonte não é a solução dos problemas de uso do hélio, afinal de contas, assim como o gás natural, o hélio é um recurso não renovável e insubstituível. Nenhum outro elemento possui suas propriedades e um dia ele vai acabar.

Por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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