Para sobreviverem, todos os seres vivos precisam absorver energia, sendo que em seus organismos há dois processos que formam o metabolismo, (1) o catabolismo, que está envolvido com o consumo, e (2) o anabolismo, que está envolvido com a formação de moléculas.
Nós, seres humanos, fazemos isso por meio da alimentação. Por exemplo, quando comemos vegetais que contêm amido, este é decomposto em unidades de glicose, que no fígado são recombinadas na forma de glicogênio, que é chamado de “amido animal”. Se o organismo animal precisar, o glicogênio pode ser decomposto em glicose, que é transportada pelo sangue e levada até os tecidos, onde é oxidada a gás carbônico, água e energia. Essa energia é absorvida pelo nosso organismo e o nosso corpo continua a realizar as suas funções vitais.
Mas e as plantas, os vegetais e as frutas que são nossos alimentos? De onde vem a energia deles?
Por muito tempo, filósofos gregos, incluindo Aristóteles, acreditavam que as plantas obtinham a sua energia do solo. Porém, na verdade, a energia das plantas vem do sol. As plantas usam energia solar para transformar gás carbônico, que vem do ar, e água, que vem do solo, em alimentos e combustíveis. A esse processo é dado o nome de fotossíntese.
A fotossíntese é uma reação química que ocorre com absorção de energia e pode ser dividida em duas etapas:
1ª) Etapa de claro: processa-se em presença de luz.
Nessa fase, as plantas utilizam a clorofila, seu principal pigmento, para reter a energia luminosa que é então armazenada. Há também a quebra das moléculas de água e a liberação do oxigênio.
2ª) Etapa de escuro: Independe da luz.
A energia que foi obtida na fase anterior é usada para transformar as moléculas do gás carbônico em compostos complexos, como os carboidratos, cujas funções principais residem na reserva de energia e na composição estrutural. Um dos carboidratos principais produzidos na fotossíntese é a glicose (C6H12O6).
O processo de fotossíntese pode, então, ser resumido na equação química abaixo, em que a planta utiliza energia luminosa para transformar a água e o gás carbônico em glicose e oxigênio:
As moléculas de glicose são combinadas para formar a celulose e o amido. A celulose constitui a parede celular das plantas, e é um reforço externo das células vegetais.
As plantas estocam o excesso de energia produzida geralmente na forma de amido, que é armazenado em diferentes órgãos vegetais, inclusive nos alimentos produzidos por elas.
Além dos carboidratos, as plantas também armazenam energia na forma de lipídios, que são óleos e gorduras formados a partir de compostos gerados da transformação de carboidratos nos organismos vivos.
Por exemplo, nas sementes das plantas há óleos armazenados que servem de alimento (energia) para o embrião, pois quando começam a germinar, elas ainda não possuem folhas para realizar a fotossíntese.
Inclusive, os óleos extraídos de muitos vegetais formam biocombustíveis, como o biodiesel, que são usados como fontes de energia para automóveis e indústrias.
O ser humano armazena energia extra na forma de gordura e não na forma de carboidratos como podem fazer as plantas. Isso acontece porque os animais se locomovem e precisam de mais energia que as plantas, sendo que o catabolismo de carboidratos fornece menos da metade da energia que a degradação da mesma quantidade de gordura.
É interessante que a energia das máquinas de indústrias, dos automóveis e dos eletrodomésticos vem em sua grande maioria de combustíveis fósseis, que foram produzidos por organismos fotossintéticos há milhões de anos. Com isso, concluímos que praticamente toda a energia necessária para a manutenção de toda a vida no planeta vem do processo de fotossíntese.