O contador Geiger-Müller, ou, simplesmente, contador Geiger, recebeu esse nome graças ao seu inventor, o físico alemão Johannes Hans Geiger (1882-1945), que na época era ajudante de Rutherford.
Esse aparelho foi inventado no ano de 1908 e seu uso permitiu identificar substâncias radioativas e medir a intensidade de sua radioatividade. Ele é especialmente importante quando ocorrem acidentes radioativos, pois podem causar danos aos seres vivos e ao ambiente, como ocorreu no caso de Chernobyl e no de Goiânia, com o Césio-137.
A seguir, temos um esquema simplificado de como funciona esse contador:
Observe que ele contém um tubo metálico preenchido com gás argônio a baixa pressão. Nesse tubo há uma janela por onde passa o material radioativo e pode-se ver também um fio metálico rígido e isolado, geralmente feito de tungstênio (W(s)) que está ligado a um polo positivo (ânodo). O tubo está ligado ao polo negativo da fonte de alta voltagem (cátodo).
O gás argônio em condições normais funciona como um isolante, ou seja, não conduz corrente elétrica entre os eletrodos. No entanto, quando algum material radioativo passa pela janela do tubo e incide sobre o gás, as partículas α e β arrancam os elétrons do gás, formando os íons Ar+. Os elétrons são então atraídos pelo polo positivo e os cátions (Ar+) são atraídos pelo negativo, conduzindo corrente elétrica pelo circuito.
A corrente elétrica é registrada eletronicamente pelo amplificador e contador. O pulso de corrente que ativa o contador aciona, em certos modelos, um alto-falante. Dessa forma, a presença de radiação é indicada por um sinal sonoro. Outros modelos indicam isso por meio de luz ou deflexão (ponteiro de um medidor).