A centrifugação é um método de separação de misturas que se baseia na diferença de densidade entre os seus componentes.
Geralmente, quando temos dispersões grosseiras de um sólido misturado a um líquido, como no caso da areia misturada com água, basta deixar o recipiente em repouso e esperar que, pela ação da gravidade, o sólido que é mais denso que o líquido se deposite no fundo. Esse método de separação é chamado de sedimentação.
A centrifugação é usada para acelerar esse processo ou para separar soluções coloidais, em que as partículas do sólido ficam dispersas no líquido e não se sedimentam. Para tal é usado um equipamento chamado de centrífuga, mostrado abaixo:
Na centrífuga, colocamos um tubo de ensaio contendo a mistura que se quer separar e, então, ligamos o aparelho, que começa a rotacionar de forma bem acelerada. A velocidade de ultracentrífugas, que são centrífugas bem mais potentes, pode chegar a 60 000 rpm (rotações por minuto), o que gera forças centrífugas até 750 000 vezes mais intensas que a da gravidade. A força centrífuga (daí o nome do processo) empurra o sólido para o fundo do recipiente, enquanto que a parte líquida fica límpida na parte de cima.
Essa técnica é usada principalmente em laboratórios para separar proteínas e ácidos nucleicos (DNA, RNA) das soluções e até mesmo para separar frações do sangue. Nesse fracionamento do sangue pela centrifugação são obtidos os seus principais componentes, que são: concentrado de hemácias (parte do sangue que contém os glóbulos vermelhos), concentrado de plaquetas (parte sólida do sangue) e plasma (parte líquida do sangue).
Veja abaixo como ficou uma amostra de sangue depois de ser colocada em uma centrífuga:
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