Verbos pronominais: classificação facultativa

Pode ser facultativa a classificação de alguns verbos pronominais

Determinados verbos requerem o emprego obrigatório do pronome átono reflexivo, como é o caso de “arrepender-se” e “queixar-se” – exemplos dos chamados verbos pronominais.

Contudo, há aqueles que, apesar de serem tradicionalmente classificados como tais, permitem também que seu uso se dê sem a presença do pronome, ou seja, trata-se de um emprego facultativo. Assim sendo, tanto os dicionários comuns, quanto os de regência revelam que os verbos casar, sentar e mudar são exemplos típicos de tal ocorrência (uso facultativo), mesmo em se tratando de situações ditas formais. Assim, dada essa concepção, analisemos alguns enunciados, de modo que fiquem bem claras ambas as situações:

CASAR

Anunciei que vou me casar/ Paulo e Beatriz vão se casar em breve.

Anunciei que vou casar/ Paulo e Beatriz vão casar em breve.

SENTAR

Sentei-me para aguardar sua chegada/ Ele se sentou, mas estava inquieto.

Sentei para aguardar sua chegada / Ele sentou, mas estava inquieto.

MUDAR

Amanhã eu me mudo para São Paulo / Nós nos mudamos há dois meses.

Amanhã eu mudo para São Paulo/ Nós mudamos há dois meses.

Mediante tais postulados, não é necessário ficar preso a uma uniformidade de uso, ou seja, optar definitivamente pela restrição ao pronome ou pelo uso constante dele. Trata-se, portanto, de fazer o uso conforme assim o exigir, haja vista que em determinados casos podemos ouvir alguém dizer “Decidi mudar”. Dessa forma, não podemos precisar ao certo de que mudança se trata: se física ou se psicológica. Nesse sentido, caso tenha sido algo relacionado a deslocamento, o ideal é fazer uso do pronome, ou seja: “Decidi me mudar”.

 

O uso do pronome no exemplo “Ele se formou em Direito” confere um caráter mais formal, um pouco mais culto ao discurso, diferentemente de dizermos “Ele formou em Direito”.

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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