Verbos essencial e acidentalmente pronominais

Particularidades demarcam os verbos essencial e acidentalmente pronominais

Suponhamos estar diante de algumas circunstâncias comunicativas em que se encontram manifestados os seguintes dizeres:

Beatriz forma neste ano de 2012, embora ela tenha queixado que está com algumas dificuldades na área de ciências exatas.

Atentemos, pois, nos verbos que se encontram em destaque, ambos demarcados por “forma” e pelo particípio de tempo composto “queixado”.  Eles, de maneira significativa, ilustram acerca de um assunto passível e, sobretudo, necessário de ser discutido e que, diga-se de passagem, subsidia esse nosso precioso encontro, cuja intenção é fazer com que você se familiarize acerca de alguns postulados regidos pelas regras gramaticais. Pois bem, existem aqueles verbos que, necessariamente, trazem, ou melhor, exigem, para junto de si a presença do pronome oblíquo, verbos esses denominados ESSENCIALMENTE PRONOMINAIS. Dessa forma, implica afirmar que, se não acompanhados de tais pronomes, automaticamente não se adequam ao padrão formal da linguagem.

Nesse sentido, cabem aos exemplos a que fizemos menção algumas retificações, sendo essas assim demarcadas:

Beatriz SE  forma neste ano de 2012, embora ela tenha SE queixado que está com algumas dificuldades na área de ciências exatas.

Integrando esse mesmo aspecto estão outros verbos, tais como: queixar-se, zangar-se e arrepender-se, ou seja:

Eu me queixei de dores nas costas.

Ela se arrependeu do que fez.

Eles se zangaram diante do fato ocorrido.

No entanto, existem também os chamados ACIDENTALMENTE PRONOMINAIS, ou eventualmente pronominais, como quiser. Vejamos alguns exemplos:

Marcela enganou o marido.

Marcela se enganou ao achar que ele era o responsável por tudo que houve.

Constatamos que no enunciado primeiro, o verbo enganar classifica-se de acordo com sua forma simples, enquanto que no segundo, ele se classifica como eventualmente pronominal.

Emerge daí a diferença de sentido entre um verbo e outro, justamente em decorrência do uso do pronome oblíquo, visto que em I denota burlar, trair. Já no segundo caso, o sentido se atém a “equivocar”.

Mediante tais elucidações, esperamos ter contribuído para o aperfeiçoamento de sua competência linguística, cujo intuito é deixá-lo (a) apto (a) a fazer tais diferenciações.

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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