Tipos de gramática

Há três tipos de gramática, todos eles dotados de características distintas

Falar sobre os “tipos de gramática”, para muitos, pode soar um tanto quanto estranho, haja vista que a ideia que se tem desse assunto se demarca por “aquele bom e velho” livro que se prima por ditar as ordens do certo e errado. No entanto, enquanto assíduos usuários da língua que somos, temos de nos conscientizar de que a língua, concebida como um organismo vivo, torna-se cada vez mais passível de mudanças, transformações ao longo do tempo, mesmo porque vivemos numa era totalmente norteada pelo dinamismo que nutre as relações sociais de uma forma geral.

Nesse ínterim (levando em consideração até mesmo o modo de utilizarmos o idioma), constatamos que tais transformações acabam permeando em meio à nossa vivência e a linguagem não fica aquém dos fatos ocorridos. Assim, mediante a tal pressuposto, cabe lembrar e, sobretudo ressaltar com tamanha veemência, que falar e escrever bem, tendo em vista o padrão formal da linguagem, sempre se fez e sempre continuará se fazendo presente em se tratando das situações formais de interlocução, por isso estamos submetidos a um sistema tido como convencional, comum a todos os usuários.

Dadas essas razões, motivos não nos faltam para dar vivacidade ao assunto que ora se faz válido, mesmo porque precisamos ampliar um pouco mais essa noção que temos do termo “gramática”. Partindo então desse princípio, constatemos os três tipos:

* Gramática internalizada– Como bem nos aponta o próprio nome, trata-se daquela habilidade de que dispõe o falante desde o momento em que ele começa a se mostrar apto a exercer os primeiros contatos com a linguagem propriamente dita, ou seja, desde o momento da aquisição da fala que, estando certo ou errado segundo os padrões formais, ele possui condições de ordenar suas ideias e expressar seu pensamento, conferindo assim um sentido lógico ao discurso que profere.

* Gramática descritiva– Como antes afirmado, a língua está submetida a constantes transformações, prova maior disso é a linguagem dos internautas, quase sempre truncada, fragmentada, abreviada, tudo em nome do fator tempo. Outro exemplo de tais transformações são as gírias, muito comuns nos grupos sociais específicos, bem como os modismos. Ou seja, essa gramática se torna responsável pelo estudo da língua em se tratando de um dado contexto de comunicação.

* Gramática normativa– Também anteriormente mencionada, sobretudo no que tange às regras gramaticais, trata-se do estudo dos fatos linguísticos aplicáveis nas situações específicas de interlocução. Representa, pois, o registro de um sistema que postula as regras convencionais da língua que falamos, passíveis, portanto, de serem obedecidas e postas em prática, sempre que assim a situação requisitar.

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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