A onomatopeia é uma figura de harmonia. Ela é caracterizada pela formação de palavra a partir da imitação de um som proveniente de pessoa, animal, objeto ou fenômeno natural.
Onomatopeia é uma figura de som ou harmonia. Ela pode ser definida como sendo uma palavra que tem origem na imitação de um som emitido por animal, pessoa, objeto ou pela própria natureza. O uso dessa figura de linguagem é muito comum em histórias em quadrinhos e narrativas infantis.
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Resumo sobre onomatopeia
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Onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste em um termo originado da imitação de um som.
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O som imitado pode ser de um animal, objeto, pessoa ou de um barulho da natureza.
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A onomatopeia é utilizada, principalmente, em redes sociais, histórias em quadrinhos, narrativas infantis e poemas.
O que é onomatopeia?
A onomatopeia é uma figura de som ou harmonia. Ela consiste em uma palavra que imita o som produzido por animais (“miau” — gato), objetos (“tique-taque” — relógio), pessoas (“fiu-fiu” — assobio) ou, ainda, os barulhos da natureza (“chuá” — som causado pelo movimento das águas de uma cachoeira).
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Videoaula sobre figuras de som
Usos da onomatopeia
As onomatopeias são usadas em nosso dia a dia, como, por exemplo, na comunicação em redes sociais (“kkkkkkk”) e na fala de crianças (o “au-au”). Mas seu uso é mais frequente em textos literários, tais como história em quadrinhos (“splash”, “boom”, “smack” etc.) ou narrativas infantis, como o Dom Quixote das crianças, de Monteiro Lobato: “Brolorotachabum! — despencou lá de cima, arrastando em sua queda a escada, a Emília e o cabo de vassoura, tudo bem em cima do pobre Visconde”.
O uso da onomatopeia também é comum em poesias, sejam elas direcionadas ao público infantil, como o poema O relógio, de Vinicius de Moraes:
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
[...]
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…
Ou escritas para adultos, como é possível observar no poema Os sinos, de Manuel Bandeira:
Sino de Belém,
Sino da paixão…
Sino de Belém,
Sino da paixão…
Sino do Bonfim!…
Sino do Bonfim!…
Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão, pelos que lá vão!
Sino da Paixão bate bão-bão-bão.
[...]
Exemplos de onomatopeia
SOM IMITADO |
ONOMATOPEIA |
Batida à porta |
Toc-toc |
Buzina |
Bi-bi |
Campainha |
Din-don |
Choro |
Snif |
Coração |
Tum-tum |
Espirro |
Atchim |
Galo |
Cocoricó |
Grilo |
Cri-cri |
Inseto |
Zum-zum |
Mergulho |
Tibum |
Mordida |
Nhac |
Mugido |
Muuu... |
Passarinho |
Piu-piu |
Pato |
Quá-quá |
Peru |
Glu-glu |
Soco |
Pow |
Telefone |
Trim |
Tiro |
Bang |
Tosse |
Cof-cof |
Vaia |
Uuuu... |
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Exercícios resolvidos sobre onomatopeia
Questão 01
(Unimontes) Em “...o irritante bibi das motos...”, “bibi” é
a) uma catacrese.
b) um oxímoro.
c) uma metonímia.
d) uma onomatopeia.
Resolução:
Alternativa D
No enunciado, “bibi” faz referência ao barulho da buzina das motos.
Questão 02
(Unimontes) Sobre os fragmentos da obra A alma encantadora das ruas: crônicas, do escritor João do Rio, todas as classificações estão corretas, EXCETO
a) “É preciso remediar a fatalidade” — polissíndeto.
b) “Balzac nos dizia que as ruas de Paris nos dão impressões humanas” — intertexto.
c) “[...] ei-lo a pintar os pensamentos, a fisionomia, a alma das ruas” — personificação.
d) “[...] a palavra surgiu no ruído perceptível da agulha na pela: tac, tac” — onomatopeia.
Resolução:
Alternativa A
Nas alternativas, é possível apontar um intertexto (Balzac), uma personificação (“os pensamentos, a fisionomia, a alma das ruas”) e uma onomatopeia (“tac, tac”). Já em “É preciso remediar a fatalidade”, não há polissíndeto (repetição de conjunção).
Questão 03
Todas as expressões a seguir são onomatopeias, EXCETO:
a) Buá.
b) Ha-ha-ha.
c) Zzzzzzzzz.
d) Bem-te-vi.
e) Vaivém.
Resolução:
Alternativa E
São onomatopeias: “buá” (choro), “ha-ha-ha” (risada), “zzzzzzzzz” (alguém dormindo) e “bem-te-vi” (canto do bem-te-vi). Já “vaivém” não é uma onomatopeia.