O contexto e os sentidos da linguagem

O contexto permite que a linguagem adquira múltiplos sentidos

No sentido de fazer valer os propósitos ora traçados, parece nunca ser demais voltarmos à questão de que a língua, materializada pelas distintas situações comunicativas, cumpre uma finalidade mediante as relações estabelecidas entre os interlocutores. Assim, é justamente levando em conta essa pretensão que se materializa o “como dizer”. Sim, porque a mensagem pode ser materializada de uma forma clara, precisa, sem muitos rodeios, longe de quaisquer outras intenções que, porventura, impressionem, remetam a uma duplicidade de sentido, enfim, dê margem para várias interpretações.

No entanto, nem sempre é assim que ocorre, pois, por exemplo, se disséssemos a você algo assim: Dê asas à sua imaginação e navegue numa subseção que o(a) conduzirá a caminhos nunca vistos, nunca trilhados. Certamente que não só você, mas também outros usuários poderão interpretar esses dizeres de diferentes formas, haja vista que faltou certa “objetividade” por parte da enunciação. Todavia, essa “falha” foi de forma totalmente intencional, haja vista que pretendemos conduzi-lo(a) a um espaço no qual poderá se certificar das muitas ocorrências em que o contexto, ou seja, a situação em que se dá o ato comunicativo, permite sim essa flexibilidade.

Exemplos disso comprovamos na linguagem literária, na linguagem publicitária, na linguagem verbal associada àquela não verbal, como é o caso das charges, enfim, muitas são as circunstâncias que nos fazem chegar a essas constatações, isto é, de que podemos “viajar” um pouco mais e dialogar de forma ampla com que um dado discurso pretende nos repassar. Dessa forma, eis que esse espaço se representa por uma seção, uma seção inteirinha a seu dispor, permitindo, entre outros detalhamentos, que você compartilhe os muitos recursos estilísticos que, claro, são representados pelas figuras de linguagem; permitirá também que você se familiarize mediante as características que delineiam o texto poético, elegendo tanto aspectos estéticos quanto aspectos discursivos, enfim, poderá compreender um pouco mais quando nosso imortal Carlos Drummond de Andrade conversa conosco e diz algo assim:

[...]

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

A procura da poesia – Drummond

Você tem a chave, agora neste exato momento, portanto, ela simboliza o clique que, ao materializá-lo, irá constatar acerca dos muitos aprendizados que aqui poderá adquirir, por isso, não espere nem um pouco a mais... constate!

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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