Manifesto

O manifesto se define como o posicionamento de uma pessoa ou de um grupo de pessoas acerca de um determinado assunto

De forma democrática, o cidadão hoje participa ativamente das questões de seu tempo, como em agremiações, movimentos populares, entidades de classes, etc. Aspirando a uma mudança ele não apenas comunica, mas também interfere socialmente no contexto em que vive. Para tanto, existem os chamados gêneros textuais de cunho argumentativo, como é o caso da carta de leitor, carta aberta, abaixo-assinado e o manifesto.

E é exatamente sobre ele (o manifesto) que passaremos a discorrer. Sua característica principal, a começar pelo título, define-se como a manifestação do pensamento de uma determinada pessoa ou até mesmo de um grupo de pessoas acerca de um assunto de interesse geral, abarcando naturezas distintas: social, cultural, religiosa, política, etc. O principal objetivo desse gênero é expor à sociedade a existência de um problema que ainda não é do conhecimento de toda a população ou até mesmo alertá-la para a possibilidade de um futuro problema.

Podemos dizer que o manifesto possui uma estrutura livre, mas geralmente estão presentes os seguintes termos:

* Título – sintetiza o pensamento que é apresentado;

* Corpo do texto – consta o posicionamento claro dos autores, estando esses baseados em argumentos sólidos e convincentes que os justifiquem;

* Local, data e assinatura das pessoas que se manifestam.

No que diz respeito à linguagem, essa pode variar, levando em consideração os interlocutores e o ambiente no qual será divulgada a comunicação. No caso de ele ser divulgado em meios de comunicação de grande circulação, como é o caso do jornal, por exemplo, o conveniente é utilizar o padrão formal da linguagem. Outro aspecto relevante faz referência ao dinamismo social em que vivemos, sobretudo quanto às inovações tecnológicas. Assim sendo, para se adaptar às necessidades manifestadas em cada momento da história, o manifesto, fruto de uma participação coletiva, passou a se declarado em 1ª pessoa.

Um desses manifestos releva o compromisso de algumas pessoas a favor de uma vida social melhor, mais cheia de paz, solidariedade e tolerância – como foi o caso do manifesto 2000. Vejamo-lo na íntegra:

O Manifesto 2000 pela paz

Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me comprometo em minha vida diária, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região – a:

Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;

Praticar a não violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os grupos mais desprovidos e vulneráveis como as crianças e os adolescentes;

Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de generosidade visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica; Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre preferência ao diálogo e a escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro;

Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas de desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da natureza no planeta;

Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a construir novas formas de solidariedade.

(www.unesco.org.br/noticias/noticias2000/nu200/nu200e/mostra¬_documento)

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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