Estrangeirismo

O estrangeirismo consiste no emprego de palavras alheias ao idioma, assimiladas a partir do processo de empréstimo lexical.

O estrangeirismo é o emprego de palavras oriundas de outros idiomas e são comuns em nossa língua portuguesa

Certamente você já deve ter visto uma vitrine onde estava escrito a expressão for sale. De tão acostumados com essa expressão da língua inglesa, imediatamente associamos for sale à liquidação, pois além dos elementos verbais, existem elementos não verbais que nos permitem fazer esse tipo de inferência. Mas você já se perguntou por que esses termos estão tão assimilados em nossa cultura?

Essa “intromissão” de elementos, expressões e construções alheias ao nosso idioma é chamada de estrangeirismo. Esse processo, como o próprio nome sugere, refere-se aos termos que não pertencem genuinamente ao nosso léxico, contudo, em virtude de um processo natural de assimilação de cultura ou de proximidade com países que sejam usuários de um idioma diferente, acabam constituindo nosso vocabulário. Alguns desses termos ficam restritos à linguagem oral, outros acabam sendo devidamente apropriados pela língua escrita e nem percebemos que se trata de empréstimos linguísticos.

Há ainda algumas palavras presentes em nosso vocabulário que são facilmente identificadas como empréstimos quando apresentadas em sua vestimenta estrangeira. Essas mesmas palavras podem passar por um processo de mascaramento que as deixa parecidas com a maneira como são pronunciadas e também com palavras pertencentes ao nosso léxico. Observe alguns exemplos:

Shampoo (original do inglês) xampu (mascarada)
abat-jour (original do francês) abajur (mascarada)
ballet (original do francês) Balé (mascarada)
ticket (original do inglês) tíquete (mascarada)

Os empréstimos linguísticos ainda não são vistos com bons olhos por alguns puristas da língua, cujo principal argumento é de que devemos preservar a língua portuguesa distante dos estrangeirismos, já que o vernáculo é parte da identidade cultural de um povo. Contudo, algumas apropriações já estão cristalizadas e dificilmente conseguiríamos bani-las do idioma, pois se fazem necessárias em diversas situações linguísticas. Já outros empréstimos são dispensáveis por existirem palavras equivalentes no idioma perfeitamente aplicáveis em nossos contextos comunicativos e também por serem empréstimos sem muita repercussão em outros idiomas do mundo. Veja a tirinha da Mafalda, do cartunista Quino, a seguir:


Os empréstimos linguísticos devem ser usados com moderação, sobretudo quando houver vocábulos equivalentes em nossa língua

Você observou que na tirinha a palavra living é tão familiar para Mafalda que ela até mesmo desconhece o equivalente em sua língua materna. A questão foi tratada com ironia e bom humor pelo cartunista Quino, mas é interessante notar que a situação por ele representada poderia muito bem acontecer em um contexto real de comunicação. Quer saber quando um estrangeirismo é bem- vindo? Pense na pertinência de sua aplicação e, na dúvida, prefira o vernáculo, nossa boa e velha língua portuguesa.

Agora, vamos combinar: For sale é um empréstimo desnecessário, vocês não acham?

Por: Luana Castro Alves Perez

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